Georgieva disse que a economia global está se recuperando, mas ponderou que a pandemia continua limitando a recuperação, sendo o principal obstáculo o “Grande Abismo de Vacinação” que tem sido visto em muitos países com pouco acesso aos imunizantes contra a Covid-19.
LEIA MAIS: Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
“Enfrentamos uma recuperação global que permanece prejudicada pela pandemia e seu impacto. Não conseguimos seguir em frente de maneira adequada –é como andar com pedras nos sapatos”, disse ela.
Os Estados Unidos e a China continuam sendo motores essenciais de crescimento, e a Itália e a Europa mostram força cada vez maior, mas o crescimento econômico está piorando em outros lugares, disse Georgieva.
As pressões inflacionárias, um importante fator de risco, devem diminuir na maioria dos países em 2022, mas continuarão afetando algumas economias emergentes e em desenvolvimento, disse ela, alertando que um aumento sustentado nas expectativas de inflação poderia causar uma rápida elevação nos juros e condições financeiras mais apertadas.
Os níveis de dívida global, agora em cerca de 100% do PIB mundial, significam que muitos países em desenvolvimento têm uma capacidade muito limitada de emitir nova dívida em condições favoráveis, disse Georgieva.
Ela disse ser importante que os esforços de reestruturação da dívida já iniciados por Zâmbia, Chade e Etiópia sejam concluídos com sucesso para encorajar outras nações a procurar ajuda.
Melhor transparência sobre endividamento, práticas sólidas de gestão da dívida e estruturas regulatórias ampliadas ajudariam a garantir maior participação do setor privado, disse ela em resposta a uma pergunta de um participante.
Mas ela disse que os países teriam de planejar cuidadosamente como mudar o curso em direção à consolidação fiscal de médio prazo para eliminar o aumento do fardo da dívida relacionado à pandemia.
Ela pediu aos países mais ricos que aumentem a entrega de vacinas contra o coronavírus às nações em desenvolvimento, removam restrições comerciais e fechem uma lacuna de 20 bilhões de dólares no financiamento necessário para testagem, rastreio e tratamento da Covid-19.
O fracasso em diminuir a grande diferença nas taxas de vacinação entre as economias avançadas e os países mais pobres pode travar a recuperação global, levando as perdas acumuladas do PIB global para 5,3 trilhões de dólares nos próximos cinco anos, disse ela.
Uma mudança para a energia renovável, novas redes de eletricidade, eficiência energética e mobilidade de baixo carbono podem elevar o PIB global em cerca de 2% nesta década, criando 30 milhões de novos empregos, disse ela. (Com Reuters)
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.