O dado veio em linha com projeção de um superávit de R$ 28 bilhões apontado em pesquisa Reuters com analistas.
Em outubro, a receita líquida do governo central subiu 5,9% sobre o mesmo mês de 2020, a R$ 156,184 bilhões, com auxílio da arrecadação extraordinária de R$ 5 bilhões de impostos sobre a renda das empresas e aumento de R$ 7,9 bilhões na arrecadação relativa à exploração de recursos naturais, linha que tem sido beneficiada pela alta no preço do petróleo.
Em outubro do ano passado, o governo central registrou um déficit primário de R$ 3,419 bilhões .
No acumulado de janeiro a outubro deste ano, as contas públicas acumulam um déficit de R$ 53,404 bilhões, ante um rombo de R$ 680,865 bilhões em igual etapa de 2020. Em 12 meses, o déficit primário é de R$ 123,2 bilhões, equivalente a 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto).
Para o ano, a expectativa mais recente do Ministério da Economia é de um déficit primário de R$ 95,8 bilhões, número que foi melhorado em função do desempenho mais positivo que o esperado da arrecadação.
Em nota, o Tesouro ressaltou que o melhor desempenho primário só é possível “devido à manutenção de uma regra fiscal que contenha o crescimento real das despesas públicas”.
“Não obstante o desempenho fiscal bem acima do esperado em 2021, o país vai fechar o ano com um nível de endividamento bruto ainda consideravelmente superior à média apresentada por países com grau de desenvolvimento semelhante”, completou.
Em relatório divulgado à parte, o Tesouro estimou que a dívida bruta fechará este ano em 80,6% do PIB, melhora frente ao patamar de 88,8% em 2020. Até 2030, contudo, o país ainda não terá conseguido voltar ao patamar pré-crise, nas contas do Tesouro. (Com Reuters)