A leitura, referente à desvalorização real efetiva média da divisa brasileira, foi atualizada com dados disponíveis até setembro de 2021, fornecidos com defasagem de até dois meses pelas fontes primárias.
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E não há perspectiva de melhora no curto prazo, segundo os especialistas. “As incertezas orçamentárias com eventual revisão do teto de gastos poderá manter o (risco-país) em patamares altos ao longo deste final de 2021 e de 2022 e logo o mercado cambial pressionado.”
Desde setembro, fim do período contemplado pelo estudo da FGV/EESP, os mercados financeiros foram chacoalhados pela confirmação do governo de seus planos de flexibilizar as regras fiscais do país para financiar benefícios sociais mais robustos para a população até o final de 2022. No mês de outubro, especialmente carregado de notícias que derrubaram a credibilidade fiscal doméstica, o dólar saltou 3,59% contra o real.
Com o esforço do governo para abrir mais espaço para gastos e a aproximação das eleições presidenciais devendo aprofundar as incertezas no cenário local até 2022, o estudo apontou duas possibilidades primordiais para que haja uma reversão da taxa de câmbio real aos seus fundamentos de longo prazo.
Um maior diferencial de juros entre o Brasil e outras economias tende a favorecer a moeda brasileira. A taxa Selic está atualmente em 7,75% ao ano, após o BC promover alta de 150 pontos-base em sua última reunião de política monetária.
A taxa cambial tem se mostrado mais fraca que o sinalizado pelos fundamentos desde fevereiro de 2020, um pouco antes de a pandemia abalar os mercados financeiros globais. (Com Reuters)