A China foi à OMC em 2012 para questionar tarifas anti-subsídio que os EUA adotaram, entre 2008 e 2012, principalmente durante o mandato do presidente Barack Obama, sobre 22 produtos chineses, de painéis solares a cabos de aço.
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Os EUA — que argumentam que a China se beneficia de um tratamento mais brando na OMC, enquanto subsidia produtos manufaturados e os vende nos mercados mundiais a preços abaixo da média — disseram que a decisão ressaltou a necessidade de reformular as regras da Organização, que foram usadas para “proteger as práticas econômicas da China e enfraquecer a concorrência justa e orientada para o mercado”.
“A decisão profundamente decepcionante de hoje do órgão arbitrário da OMC reflete interpretações equivocadas do Órgão de Apelação que prejudicam a capacidade dos membros da Organização de defender nossos trabalhadores e empresas dos subsídios chineses, que atrapalham o comércio”, disse Adam Hodge, porta-voz do Escritório da Representante Comercial dos EUA, em comunicado.
A China pediu inicialmente ao painel de três membros da OMC que lhe concedesse o direito de impor tarifas sobre US$ 2,4 bilhões em produtos norte-americanos.
No entanto, é outra vitória simbólica para Pequim no órgão de comércio com sede em Genebra. Em novembro de 2019, a OMC concedeu à China o direito a tarifas retaliatórias de US$ 3,58 bilhões depois de encontrar falhas na maneira como Washington determinou se os produtos chineses no mercado dos EUA configuram “dumping”.