Mesmo fatores externos, sobretudo o provável início do aperto monetário nos Estados Unidos em meio a uma inflação elevada, parecem estar mais no preço, amenizando, assim, eventual impacto adicional sobre os mercados domésticos, disse o economista.
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O economista disse que acenos feitos na véspera pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a potenciais aliados de campos políticos tradicionalmente rivais enviaram um sinal positivo ao mercado sobre gestão mais responsável das contas públicas, mas que ainda há informações “desencontradas” acerca do tema vindas de economistas próximos ao petista.
“Sim, talvez a situação das contas públicas no ano que vem… haja uma gestão de responsabilidade fiscal, com Lula trazendo Geraldo (Alckmin) como vice-presidente. Talvez a gente tenha, se Lula eleito, um governo mais pragmático, mais perto do que foi 2002.”
Lula tem se mantido como líder nas mais recentes pesquisas de intenção de votos para a Presidência da República, seguido pelo atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro, que está agora às voltas com demandas de categorias do funcionalismo público por reajuste salarial. O ministro da Economia, Paulo Guedes, mantém a defesa de que não seja concedido reajuste salarial a nenhuma categoria do funcionalismo.
Nesse contexto, com juros mais altos e boa parte das más notícias precificadas, a Rio Bravo até vê uma taxa de câmbio levemente mais apreciada ao fim de 2022, com o dólar valendo R$ 5,50, ante R$ 5,5735 do fim de 2021.
O dólar à vista caía a R$ 5,42 nesta quinta-feira, depois de forte baixa na véspera.
“A subida do juro no Brasil deve criar oportunidades na renda fixa, enquanto a cautela nos ativos de renda variável deve prevalecer, apesar de os níveis atuais de preços mostrarem ativos baratos”, disse a Rio Bravo em relatório de consenso macroeconômico.