Com a decisão, a taxa de depósito do BCE permanece em uma mínima recorde de -0,5%. A instituição ainda vai eliminar gradualmente seu esquema de compra de títulos de emergência da pandemia, de € 1,85 trilhão, até o final de março.
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Segundo ela, as autoridades não vão se precipitar com novos movimentos. Qualquer mudança de política monetária agora seria prematura após a decisão de ampliar as medidas de suporte em dezembro passado.
“A inflação deve permanecer elevada por mais tempo do que o esperado anteriormente, mas cairá ao longo deste ano. Em comparação com nossas expectativas de dezembro, os riscos para a inflação são de alta, particularmente no curto prazo”, disse ela.
“A situação de fato mudou”, completou, mas disse que a taxa de inflação de janeiro acima do esperado — de 5,1%, a mais alta já registrada — foi resultado do impacto direto e indireto de um aumento nos custos da energia. O BCE argumenta que a alta nos preços diminuirá em breve, sem sua intervenção, e que recuará abaixo da meta de 2% até o fim do ano.
Os mercados já duvidam das projeções do BCE e estão precificando aumentos de 40 pontos-base nos juros neste ano, apesar da insistência das autoridades de que qualquer movimento em 2022 é muito improvável.
“As expectativas do BCE de rápido declínio na taxa de inflação estão diminuindo”, disse o economista do Commerzbank Christoph Weil. “A pressão sobre o banco central para sair de sua política monetária ultraexpansionista já em 2022 está aumentando.”