Segundo a empresa, os recursos serão investidos em tecnologia, marketing, produtos e capital. A Neon triplicou de tamanho em 2021, chegando a 15 milhões de clientes, sendo 88% das classes C, D e E. Para esse ano, a expectativa é mais que dobrar a receita.
A principal estratégia do banco é lançar novos produtos baseados na plataforma Democredit, que usa inteligência artificial para concessão de crédito.
O presidente do conselho do BBVA, Carlos Torres Vila, justificou o investimento dizendo que a Neon possui uma oferta “conectada às necessidades financeiras dos brasileiros”, além de capacidade para continuar crescendo rapidamente. “A Neon também tem um potencial de lançamento de produtos com muita agilidade em um mercado com tanto potencial como o Brasil”, disse ele em nota.
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Com o novo aporte, a Neon soma R$ 3,7 bilhões em investimentos. O primeiro investimento, na série A, foi de R$ 72 milhões e contou com Propel Venture Partners, Monashees, Quona Capital e Flourish Ventures. O Brasil está vendo um crescimento acelerado de investimentos em startups, com aporte total de R$ 3 bilhões só em janeiro.
Já em setembro de 2020, na Série C, a Neon recebeu R$ 1,6 bilhão liderado pela General Atlantic, que teve ainda a participação dos investidores BlackRock, Vulcan Capital, PayPal Ventures, Endeavor Catalyst e Propel.
A Neon tem apostado em M&A para crescer. Em janeiro deste ano, fechou a aquisição da Biorc Financeira, a quarta operação do tipo da fintech (o negócio ainda precisa receber o aval do Banco Central).
A expansão começou em 2019 com a MEI Fácil, líder em serviços financeiros e educação para microempreendedores individuais, seguida pela compra da Magliano Invest, primeira corretora de valores da Bovespa, em 2020. No mesmo ano, a Neon fortaleceu o seu portfólio de empréstimo consignado com a compra da ConsigaMais+, principal fintech do setor.