União Europeia impõe sanções a bilionários russos

28 de fevereiro de 2022
Reprodução/Forbes

Vladimir Putin cumprimenta o bilionário Alisher Usmanov

A União Europeia anunciou sanções contra mais 26 indivíduos hoje (28), incluindo os oligarcas bilionários russos Mikhail Fridman, Alisher Usmanov, Alexey Mordashov, Gennady Timchenko e Alexander Ponomarenko, marcando a mais recente medida do Ocidente para prejudicar economicamente a Rússia pela invasão à Ucrânia.

As sanções incluem o congelamento de bens e a proibição de viajar para os indivíduos mencionados, somando-se às centenas de outros que já haviam sofrido sanções pela UE na semana passada.

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O russo mais rico da lista de hoje é Mordashov, que, de acordo com as estimativas mais recentes da Forbes, é o segundo homem mais rico da Rússia graças à sua fortuna de US$ 29,1 bilhões (cerca de R$ 150 bilhões na cotação atual) por sua participação majoritária na siderúrgica russa Severstal.

quatro outros bilionários entre os nomes, de acordo com os cálculos da Forbes: Timchenko (US$ 21,1 bilhões – cerca de R$ 109 bilhões), um grande acionista de várias empresas russas de matérias-primas, Usmanov (US$ 15,3 bilhões – cerca de R$ 79 bilhões), um magnata do metal e investidor inicial do Facebook, Fridman (US$ 13,3 bilhões – cerca de R$ 69 bilhões), o fundador do maior banco privado da Rússia, o Alfa Bank, e Ponomarenko (US$ 2,9 bilhões – cerca de R$ 15 bilhões), presidente do conselho do maior aeroporto da Rússia.

A UE também impôs sanções a Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo Vladimir Putin, e citou os laços pessoais de muitos outros com Putin como o motivo de sua inclusão.

A Sogaz, uma seguradora russa de propriedade parcial do bilionário aliado de Putin, Yuri Kovalchuk, foi a única empresa mencionada nas sanções.

Os bilionários apontados pela UE hoje tinham ficado de fora anteriormente das sanções ocidentais, exceto Timchenko, que já enfrenta sanções dos Estados Unidos e do Reino Unido. Timchenko sofreu sanções dos EUA em 2014 após a amplamente condenada anexação da Crimeia pela Rússia naquele ano e pelo Reino Unido na semana passada depois que Putin reconheceu dois estados rebeldes apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia.

Fridman se tornou o primeiro oligarca a se manifestar contra a invasão russa neste fim de semana, depois que uma carta que ele enviou a seus funcionários na sexta-feira foi compartilhada por vários meios de comunicação. Na carta, o bilionário pediu que o “derramamento de sangue acabe”, embora tenha dito que não pretendia ser “político”. Oleg Deripaska, com fortuna avaliada em US$ 3,9 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) pelas estimativas da Forbes, juntou-se a Fridman no pedido de paz, solicitando o fim da guerra da Rússia contra a Ucrânia em um post de domingo no Telegram.

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