Uma pessoa vazou informações sobre contas que foram mantidas no Credit Suisse das décadas de 1940 a 2010 para o jornal alemão Sueddeutsche Zeitung. A reportagem alega, entre outros pontos, que alguns clientes do banco violaram direitos humanos, enquanto outros eram empresários alvos de sanções.
“Estamos cientes da reportagem”, informou um porta-voz da Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro da Suíça (FINMA). “A conformidade com os regulamentos contra lavagem de dinheiro tem sido o foco de nossas atividades de supervisão há anos”, acrescentou.
O Credit Suisse rejeitou as acusações de irregularidades.
O jornal norte-americano The New York Times publicou que os dados vazados estão relacionados a mais de 18 mil contas que, em conjunto, detêm mais de US$ 100 bilhões.
Os papéis do segundo maior banco da Suíça, que já estavam sob pressão após uma série de escândalos relacionados a sua administração – além do prejuízo de 1,6 bilhão de francos suíços sofrido em 2021 –, tinham queda de 3,09% às 14h (horário de Brasília).
“As matérias apresentadas são predominantemente históricas… E as contas dessas matérias são baseadas em informações parciais, imprecisas ou seletivas retiradas do contexto, resultando em interpretações tendenciosas da conduta empresarial do banco”, completou o comunicado.
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O banco disse que recebeu “várias consultas” da imprensa nas últimas três semanas e revisou muitas das contas em questão.
“Das contas ativas restantes, estamos confiantes de que a devida diligência apropriada, revisões e outras medidas relacionadas ao controle foram tomadas de acordo com nossa estrutura atual. Continuaremos a analisar os assuntos e tomaremos medidas adicionais, se necessário”, acrescentou o Credit Suisse.