Uma parte importante da curva de juros dos Treasuries se inverteu brevemente na terça-feira (29), sinal de que investidores estavam preocupados com a possibilidade de aumentos agressivos dos juros por parte do banco central dos EUA levarem a economia à recessão.
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A visão de Browne foi reiterada por Ken Monaghan, codiretor de alto rendimento do braço norte-americano da maior gestora de ativos da Europa, Amundi, que disse ao fórum não esperar uma recessão em 2022 e a considerar improvável em 2023, apesar de alguns riscos elevados.
A última vez que essa parte da curva de juros, que compara os rendimentos dos Treasuries de dois e dez anos, se inverteu foi em 2019 e, no ano seguinte, os EUA entraram em recessão –ainda que causada pela pandemia.
“Não estou descartando que uma recessão seja possível. No entanto, se olharmos para os fundamentos do mercado de alto rendimento (de títulos) e para as economias que o consumidor –especialmente nos EUA– acumulou … não vejo uma recessão no curto prazo”, disse Monaghan.
Embora Browne espere mais inversões na curva de juros, ela acha que sua confiabilidade como indicador de recessão diminuiu, principalmente porque as compras massivas de títulos por parte do Federal Reserve têm mantido os rendimentos de longo prazo suprimidos.
“Não estaríamos experimentando o mesmo nivelamento da curva sem flexibilização quantitativa”, disse Browne, acrescentando que a curva de juros “real”, ou ajustada pela inflação, é um indicador melhor dos riscos para o crescimento.