A alta anunciada veio próxima à estimativa da Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres), que projetava um aumento médio de 17%, conforme reportou a Reuters esta semana.
Segundo a Petrobras, o ajuste segue a atualização de fórmulas acordadas em contrato com as distribuidoras, com base na variação dos preços do gás, do petróleo Brent e da taxa de câmbio.
A empresa acrescentou ainda que o preço final do gás natural ao consumidor também é influenciado pelas margens das distribuidoras e pelos tributos federais e estaduais.
No caso da indústria consumidora de gás, a Abrace havia calculado um impacto de 9%, em média, do reajuste a partir de maio.
A Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado) disse em nota que o reajuste será repassado para o consumidor sem que as distribuidoras tenham qualquer ganho decorrente desse aumento.
“A falta de regras regulatórias que acelerem a entrada novos ofertantes e de estímulo à expansão da infraestrutura essencial para levar o gás do pré-sal ao mercado consumidor ainda impactam a competitividade do gás natural no País”, pontuou.
A entidade também defendeu medidas que incentivem o desenvolvimento da infraestrutura do setor e proporcionem mais competitividade.