Com os produtores em busca de garantir os adubos que serão utilizadas na próxima safra, cujo plantio de grãos se inicia em setembro, a expectativa da consultoria é que a importação do insumo à base de potássio tenha o maior avanço (247%), para US$ 2,08 bilhões (R$ 10,2 bilhões).
As aquisições de nitrogenados devem crescer 204% no comparativo anual, para US$ 2,24 bilhões (R$ 11 bilhões), enquanto os fosfatados têm um incremento estimado em 181%, para US$ 424 milhões (R$ 2 bilhões).
Até no segmento de orgânicos a perspectiva é positiva, com avanço projetado em 69% para o segundo trimestre, a US$ 10 milhões (R$ 49 milhões), conforme o levantamento.
A consultoria não forneceu mais detalhes sobre as projeções.
A escassez global de fertilizantes ocorre diante das sanções do Ocidente contra a Rússia e seu aliado Belarus, dois dos principais fornecedores globais de adubos, devido ao conflito com a Ucrânia.
Dados do governo federal divulgados nesta semana indicam que, no acumulado mensal até 18 de abril, os importadores brasileiros adquiriram 2,08 milhões de toneladas de fertilizantes químicos, já superando o total de 1,88 milhão registrado em abril do ano passado.
No segmento de fertilizantes brutos, as compras externas do acumulado de abril também ultrapassaram em 20% o volume importado no quarto mês de 2021.
Levantamento preliminar de embarque da Agrinvest Commodities mostra que pedidos feitos à Rússia, de fato, estão sendo atendidos neste mês e que navios foram direcionados ao Brasil, potencialmente permitindo uma temporada normal de plantio de grãos.