A pesquisa Pnad Contínua divulgada hoje (31), mostra que a taxa de desemprego do Brasil foi a 10,5% nos três meses até abril, de 11,2% no trimestre imediatamente anterior, encerrado em janeiro.
A leitura ainda é a mais baixa desde os 10,3% registrados nos três meses encerrados em fevereiro de 2016, além ser a menor taxa para um trimestre até abril desde 2015, quando foi de 8,1%.
O mercado de trabalho vem gradualmente mostrando recuperação, uma vez que a vacinação contra a Covid-19 permitiu a reabertura das empresas.
A queda da taxa se deveu ao aumento do número de pessoas ocupadas para 96,512 milhões, o maior da série histórica iniciada em 2012. Isso representou aumento de 1,1% em relação ao trimestre encerrado em janeiro, de 10,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
“Essa queda está ligada a um processo contínuo de expansão da ocupação. A expansão da ocupação antes era concentrada em construção e tecnologia da informação, mas agora está mais espalhada”, disse Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.
“Isso é o resultado combinado de uma atividade econômica mais dinâmica com a flexibilização de medidas de restrição (contra a Covid-19)”, completou ela
Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegaram a 35,247 milhões, aumento de 2% sobre o trimestre até janeiro, enquanto os que não tinham carteira subiram 0,7%, para 12,474 milhões.
“Nesse trimestre, mantém-se a trajetória de recuperação do emprego com carteira, com diversas atividades registrando expansão, principalmente no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas e em Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas”, disse Beringuy.
Apesar da melhora na taxa de desemprego, os trabalhadores do Brasil enfrentam neste ano inflação alta, que corrói a renda. Nos três meses até abril, a renda média foi de R$ 2.569, praticamente inalteado ante os R$ 2.566 do trimestre imediatamente anterior. Mas em relação ao mesmo período de 2021, houve forte retração de 7,9%, mesmo com o crescimento da formalidade no mercado de trabalho.