A MRV&Co teve forte queda do lucro no primeiro trimestre, impactada por queda nas margens, uma vez que não conseguiu repassar totalmente o aumento dos custos de insumos aos clientes.
O grupo imobiliário mineiro anunciou hoje (12) que seu lucro de janeiro a março somou R$ 71 milhões, queda de 76,2% ante mesma etapa do ano passado. Em termos ajustados, a queda ano a ano foi de 74%, a R$ 83 milhões.
Com isso, o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) teve queda de 5,8% sobre mesmo intervalo de 2021, a R$ 199 milhões, com a margem Ebitda encolhendo 1,3 ponto percentual, para 11,9%.
Em abril, a MRV havia informado que seus lançamentos do primeiro trimestre somaram um VGV (volume geral de vendas) de R$ 1,73 bilhão de reais, alta de 1,4% ano a ano, enquanto as vendas avançaram 7,6%.
Segundo o diretor de finanças e relações com investidores, Ricardo Paixão Rodrigues, a companhia já percebeu melhora na margem dos empreendimentos vendidos recentemente, o que deve elevar o número consolidado ao longo de 2022, embora ainda siga pressionada nos próximos trimestres.
“Mas acreditamos que podemos ter geração positiva de caixa neste segundo trimestre”, disse ele.
Segundo o executivo, entre os fatores positivos que podem contribuir com o balanço da MRV nos próximos trimestres está o possível estancamento da alta nos preços do vergalhão – após o governo ter cortado tarifa de importação do produto – e a possível correção nos valores de subsídios do programa Casa Verde e Amarela, o que pode elevar a demanda por casas populares.