“Estou defendendo [ajustes de] 0,50 [ponto percentual] à mesa a cada reunião até vermos reduções substanciais na inflação. Até conseguirmos isso, não vejo sentido em parar”, disse Waller após discurso no Instituto de Estabilidade Financeira e Monetária em Frankfurt, Alemanha, no qual, mais cedo, confirmou querer incrementos do mesmo valor nas próximas “várias” reuniões.
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O banco central está sob pressão para reduzir decisivamente uma taxa de inflação que está em mais de três vezes sua meta de 2% e que causou um salto no custo de vida dos norte-americanos. A instituição enfrenta uma tarefa difícil de reduzir a demanda na economia o suficiente para conter o avanço dos preços sem causar uma recessão.
O índice de aprovação pública de Biden caiu nesta semana para 36%, nível mais baixo de sua presidência, conforme norte-americanos sofrem com a inflação pressionada, de acordo com uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos feita na semana passada, que soou alarmes de que o Partido Democrata de Biden esteja a caminho de perder o controle de pelo menos uma Câmara do Congresso nas eleições de meio de mandato em 8 de novembro.
O Fed elevou sua taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual no início deste mês, para uma meta entre 0,75% e 1%, e planeja novos incrementos do mesmo tamanho em suas próximas duas reuniões –em junho e julho.
Waller disse querer ver o banco central elevando sua taxa básica de juros acima do nível neutro –que não estimula nem restringe o crescimento econômico– até o fim deste ano.
Atualmente, investidores veem a taxa das Fed Funds em uma faixa entre 2,50% e 2,75% no fim deste ano.
As decisões do banco central até agora resultaram em uma liquidação de ações e um salto nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e no dólar.
“Se conseguirmos uma taxa de desemprego de apenas 4,25%, eu consideraria um desempenho magistral”, afirmou Waller. A taxa atual é de 3,6%.