BRASÍLIA (Reuters) – A atuação “assertiva” do Banco Central é necessária para levar a inflação à meta em um ambiente com desvios nas expectativas, disse nesta terça-feira a diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Fernanda Guardado.
Em evento promovido pelo governo brasileiro e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Guardado também afirmou que o atual cenário mundial exige dos bancos centrais atuação mais forte e aperto da política monetária em economias avançadas para evitar que a inflação em patamar elevado não se torne permanente.
De acordo com a diretora, o mundo observa uma reversão de estímulos monetários e fiscais nos países após o arrefecimento da pandemia de Covid-19, com preocupação também sobre mudanças nas expectativas dos consumidores.
“Esse estado econômico requer dos bancos centrais uma atuação mais forte e o aperto da política monetária também em países desenvolvidos para garantir que não se migre para um estado de inflação permanentemente mais alta”, disse.
Guardado afirmou que essa sincronia mundial com retirada de estímulos introduz riscos adicionais, mantendo ambiente de incerteza “à medida que as economias se ajustam a um ambiente global de taxas de juros mais altas”.
(Por Bernardo Caram)