A taxa de desemprego brasileira atingiu 9,8% no trimestre até maio, ante 11,2% nos três meses imediatamente anteriores, encerrados em fevereiro.
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A leitura ainda é a menor para trimestres encerrados em maio desde 2015 (8,3%) e ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 10,2%. Nos três meses até abril, a taxa havia sido de 10,5%.
Depois de a taxa de desemprego no Brasil ter chegado perto de 15% com as medidas de restrição contra a Covid-19, o mercado de trabalho vem apresentando recuperação, principalmente depois de o setor de serviços ter se favorecido com a vacinação.
Nos três meses até maio, o Brasil tinha 97,516 milhões de ocupados – o maior contingente da série histórica, iniciada em 2012 -, o que representa uma alta de 2,4% sobre o trimestre até fevereiro e de 10,6% ante o mesmo período de 2021.
“Foi um crescimento expressivo e não isolado da população ocupada. Trata-se de um processo de recuperação das perdas que ocorreram em 2020, com gradativa recuperação ao longo de 2021”, explicou a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy.
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“No início de 2022, houve uma certa estabilidade da população ocupada, que retoma agora sua expansão em diversas atividades econômicas”, completou.
Já a taxa de informalidade foi de 40,1% da população ocupada, contra 40,2% no trimestre anterior e 39,5% no mesmo trimestre de 2021, de acordo com o IBGE.
Mas apesar da melhora do mercado de trabalho, isso não está se traduzindo em melhora do rendimento, com os trabalhadores sofrendo ainda com a inflação elevada.
Nos três meses até maio, o rendimento real do trabalhador foi de R$ 2.613, estabilidade frente ao trimestre imediatamente anterior e queda de 7,2% sobre o mesmo período de 2021.