O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou a alta a 0,47% em maio, de 1,06% em abril, marcando a taxa mensal mais baixa desde abril de 2021 (+0,31%).
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Esse resultado levou a inflação em 12 meses a acumular alta de 11,73%, contra 12,13% no mês anterior e projeção de 11,84%.
Ainda assim, isso representa mais de duas vezes o teto da meta oficial para a inflação este ano, que é de 3,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Na busca pelo controle da inflação, o Banco Central vem apertando a política monetária. No entanto, ainda há pressões inflacionárias derivadas do cenário internacional, com lockdowns na China e sanções contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia.
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“Agora começamos o período de outono-inverno que é mais seco e permite aumentar a oferta de alimentos e reduzir os preços”, e explicou o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.
A pressão dos combustíveis também foi menor, com os preços subindo 1,0% no mês depois de dispararem 3,20% em abril, após altas expressivas nos preços das refinarias em março que foram repassadas ao consumidor. O destaque foi a gasolina, que subiu 0,92% em maio depois de alta de 2,48% no mês anterior.
O único grupo que registrou queda de preços em maio foi Habitação, de 1,70%, devido à redução de 7,95% nas contas de energia com a mudança de bandeira tarifária.
O Banco Central já elevou a taxa básica de juros Selic a 12,75%, e reconheceu que há uma deterioração na dinâmica inflacionária do Brasil. Novos aumentos da Selic este ano são esperados e o BC volta a se reunir em meados de junho para reavaliar a política monetária.
Uma política monetária mais apertada tende a moderar os gastos dos consumidores e, consequentemente, conter a alta dos preços, mas por outro lado restringe a atividade econômica.