Barbosa foi anunciado mais cedo como novo presidente-executivo da Natura, substituindo Roberto Marques, que vai se aposentar no final do ano. A empresa vem de um prejuízo acima do esperado no primeiro trimestre e um adiamento de projeções, afetada em parte por impacto da inflação global e da guerra na Ucrânia nos negócios.
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As ações da empresa disparavam 10,3% na manhã desta quarta-feira, a 15,44 reais, liderando a alta do Ibovespa, que avançava 1,8%. Ainda assim, os papéis da empresa acumulam queda de cerca de 39% no ano.
Barbosa disse que a Natura passou por um período de captura de sinergias após aquisições na última década, com destaque para compra da Avon. Agora, segundo ele, a “meta principal é dar liberdade para áreas de negócios, mais autonomia com mais responsabilidade”.
Essa maior liberdade, explicou ele, será refletida do planejamento estratégico e montagem de orçamento de cada unidade até a definição de promoções e linha de produtos.
Junto com as funções de presidente, Barbosa vai liderar uma equipe de transição, processo que, ele espera, seja concluído até o final deste ano.
Em termos de estrutura corporativa, as mudanças se estendem à presidência do conselho, já que o presidente-executivo não mais acumulará as duas funções. O comando do colegiado ficará com os fundadores, segundo Barbosa. Marques permanecerá com um assento comum para auxiliar no processo de transição.
A Natura afirmou ainda que funções do grupo como líder de Crescimento Sustentável e líder de Transformação deixarão de existir ou serão reavaliadas na nova estrutura. Barbosa, atualmente conselheiro na companhia e presidente do comitê de Pessoas, confirmou que o cargo de líder de Crescimento Sustentável foi extinto.