O Ibovespa opera em queda de 0,17% na abertura do pregão desta quarta-feira (27), a 126.641 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. À medida que a semana encurtada pelo feriado se aproxima do fim, o mercado local perde liquidez e as atenções se voltam para os indicadores americanos, que trarão novas pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve em relação à taxa de juros.
O dólar avançava 0,06% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 4,9855.
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A queda, no entanto, foi mais intensa do que a prevista em pesquisa da Reuters com economistas, que apontava baixa de apenas 0,22% do índice neste mês. Com esse resultado, o IGP-M acumula agora queda de 4,26% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, caiu 0,77% neste mês, desacelerando ante a baixa de 0,90% vista em fevereiro.
A confiança do setor de serviços brasileiro se recuperou em março e atingiu o maior patamar em quase um ano e meio, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV), citando ambiente de otimismo em relação ao futuro.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da FGV avançou 1,6 ponto neste mês, a 95,8 pontos, revertendo as perdas de fevereiro e atingindo o maior nível desde outubro de 2022 (97,6).
“Os resultados positivos em relação ao futuro demonstram otimismo, na maior parte dos segmentos, em relação à demanda e ao ambiente de negócios para os próximos trimestres”, disse Stéfano Pacini, economista da FGV Ibre.
O Banco Central informou nesta quarta-feira que alterou a regulamentação das Linhas Financeiras de Liquidez (LFL) para incluir as Cédulas de Crédito Bancário (CCB) no rol de ativos elegíveis como garantia e estabelecer limite operacional permanente para a Linha de Liquidez a Termo (LLT).
De acordo com comunicado, trata-se de ação estruturante com o objetivo de aumentar a eficiência do mercado em uma nova etapa no aperfeiçoamento da função clássica de emprestador em última instância do BC.
Mercados internacionais
O PCE de fevereiro é um dos índices mais importantes para definir a trajetória dos juros nos EUA. O Federal Reserve (FED), o banco central americano, vem afirmando que as decisões sobfe o início do corte de taxas serão dependentes de dados, especialmente os indicadores de emprego e preços.
Na Ásia, as ações chinesas caíram para o nível mais baixo em um mês nesta quarta-feira, com o índice de referência de Xangai indo abaixo da marca psicologicamente importante de 3.000 pontos, já que o iuan se enfraqueceu e as fortes vendas de investidores estrangeiros pesaram sobre o mercado.
Investidores estrangeiros venderam 7,2 bilhões de iuanes (US$ 996,00 milhões) em ações chinesas via Stock Connect durante o dia, registrando a maior saída diária desde meados de janeiro.
As três principais autoridades monetárias do Japão realizaram uma reunião de emergência nesta quarta-feira para discutir o enfraquecimento do iene e sugeriram que estão prontas para intervir no mercado buscando impedir o que descreveram como movimentos desordenados e especulativos na moeda.
Em um sinal de urgência crescente para colocar um piso sob o iene depois que a moeda caiu para o nível mais baixo em 34 anos em relação ao dólar, o Banco do Japão, o Ministério das Finanças e a Agência de Serviços Financeiros do Japão realizaram uma reunião em Tóquio.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,36%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em alta de 0,73%. Já na China continental, o índice Shanghai perdeu 1,26%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,90%.
Os institutos agora preveem que o Produto Interno Bruto (PIB) aumentará 1,4% em 2025, de 1,5% anteriormente.
“Embora seja provável que uma recuperação se inicie a partir da primavera (no hemisfério norte), o impulso geral não será muito forte”, disse Stefan Kooths, chefe de pesquisa econômica do Kiel Institute for the World Economy (IfW).
O Banco Central Europeu está cada vez mais confiante de que a inflação voltará à sua meta de 2% em meados de 2025 com a moderação do crescimento dos salários, fortalecendo o argumento a favor de taxas de juros mais baixas, disse o membro do Conselho do BCE Piero Cipollone nesta quarta-feira.
O Stoxx 600 ganhava 0,09%; na Alemanha, o DAX avançava 0,58%; o CAC 40 em alta de 0,41% na França; na Itália, o FTSE MIB sobe 0,20%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,40% no Reino Unido.
(Com Reuters)