Gabryella Corrêa, fundadora e CEO do aplicativo de transporte Lady Driver, abriu a conversa com uma experiência pessoal. Ela contou que a maioria dos investidores com os quais teve contato eram do sexo masculino. Por esse motivo, sempre encontrou dificuldades em fazê-los entender a necessidade de um serviço exclusivo para mulheres, como é a plataforma que dirige. “Muitos homens têm dificuldade de ter empatia pelas mulheres”.
Já Renato Fonseca, assessor da presidência do Sebrae SP, falou sobre como o momento histórico se reflete nas empresas e que os empoderamento das mulheres acaba resultando em uma maior participação feminina no mundo empreendedor e empresarial. Na visão dele, a diversidade gera experiências e competências diferentes que agregam de maneira positiva para um negócio.
Questionada sobre o melhor momento para buscar investimentos para um negócio, Itali explicou que “é importante para o empreendedor entender os diferentes veículos de investimento e como eles se propõe a investir”. “Se sua empresa quer ter um crescimento exponencial, como uma startup, faz sentido buscar um investidor anjo ou de venture capital”, disse.
Além disso, ela alertou para a importância de ter um plano para o dinheiro que pode entrar por meio de investimentos e mostrar para os potenciais investidores. Um ótimo meio de mostrar que sua empresa tem potencial é deixar claro o quanto ela já cresceu sem nenhum investimento externo. “Isso prova que os fundadores têm um boa execução e que estão atentos a oportunidades”, pontuou.
Gabryella também lembrou de outra opção que, em sua visão, pode ser interessante para alguns fundadores: o equity crowdfunding. Por esse modelo, qualquer pessoa pode investir na sua startup de uma maneira mais simples e rápida, sem fazer tantas perguntas e pedir tantos dados como um investidor anjo faria, por exemplo.
Questionado sobre como encontrar uma boa equipe para começar uma startup, Fonseca declarou: “essa é a alma do negócio”. Ele lembrou da importância de ter todas as competências essenciais para o andamento da empresa nos fundadores, além da convergência dos valores pessoais entre os membros.
LEIA TAMBÉM: Empresas precisam buscar as startups, aponta a investidora Kika Ricciardi
Perguntados sobre como proteger a ideia de uma startup antes de ela ser oficialmente lançada, os convidados contaram sobre suas experiências. Para Fonseca, não faz sentido esconder uma ideia, já que ela vai precisar ser testada e ajustada por outras pessoas de fora da empresa, como mentores e incubadoras.
Segundo Gabryella, “é muito difícil alguém conseguir copiar a sua ideia do seu jeito”. A fundadora do Lady Driver revelou que sua ideia foi reproduzida por outra pessoa no começo da empresa, mas não gerou os mesmos frutos. “Você pode conversar com as pessoas, mas nunca revele a alma do seu negócio, o segredo”, ressaltou.
O especialista do Sebrae elogiou a velocidade mostrada pelos empresários brasileiros na adaptação ao mundo da tecnologia em empresas. “Mas existem algumas questões comportamentais que só o tempo pode fazer evoluir. Investimento, por exemplo, é um assunto que muitos brasileiros ainda não têm tanta intimidade.”
E TAMBÉM: 5 maneiras de preparar sua força de trabalho para o futuro
Gabryella finalizou mandando um recado para as mulheres empreendedoras. “Se eu consegui, você também pode. Busque pessoas e instituições que possam te ajudar, tenho certeza que você chega lá. O futuro e o mundo são das mulheres.”
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.