Rapidamente, as pessoas começaram a se perguntar quem era a tal Gabi e como ela tinha um networking tão forte com personalidades famosas. Como nada na internet permanece anônimo por muito tempo, Gabriela Ricci, estudante de administração de 17 anos, de repente, foi de aluna da turma AE4 para a fama repentina nas redes sociais. O assunto ficou entre os mais falados do Twitter no dia, alcançando o primeiro lugar mundial. Diante de toda a interação, inclusive de marcas interessadas em patrocinar, a turma de Gabi percebeu que dava para aproveitar a atenção para uma causa maior. Pensando em atenuar os danos da Covid-19 para indivíduos socialmente vulneráveis, eles criaram a AE4 Volunteer Experience, que visa o desenvolvimento de projetos de empreendedorismo social.
“O objetivo é unir marcas e pessoas que querem e podem ajudar. Sabemos que a fome é um problema urgente que ficou ainda mais grave com a pandemia, por isso, essa é nossa causa prioritária: conseguir arrecadações para a compra de cestas básicas, além de produtos de higiene e limpeza”, diz Gabriela. Em poucas horas após o boom nas redes sociais, “Gabi da AE4” virou uma agência. A jovem, claro, cede sua imagem ao projeto e representa o grupo em entrevistas. Seus colegas de classe têm papel no apoio e na divulgação das ações. “Toda ajuda é bem-vinda, por isso, estamos abertos a qualquer contribuição que colabore na nossa intenção de ajudar as pessoas mais vulneráveis nesse momento.”
Como o assunto teve tanto alcance midiático?
Embora o nome de Gabriela tenha ganhado os holofotes, a estudante faz parte de um grupo maior, com mais 11 jovens que também entraram em contato com as celebridades e ajudaram a divulgar a história. A empolgação para participar da gincana era enorme, mas eles não tinham ideia de que a situação chegaria ao nível que chegou.
A ansiedade pela vitória levou outro integrante da turma AE4, João Bacila, a conseguir o primeiro vídeo de celebridade em apoio à sua sala. A atriz e apresentadora Angélica Huck surpreendeu as turmas ao aceitar participar, o que fez com que a gincana, de repente, tomasse outra forma. A empolgação levou diversos alunos a começarem a buscar contatos com famosos, o que, inclusive, deixou o Diretório Acadêmico sem outra opção além de mudar as regras e autorizar o novo conceito de celebridade para a gincana.
Na caça aos famosos, Gabriela começou a se destacar, o que fez com que seu nome viralizasse com a gincana. Filha do empresário Dirley Pingnatti Ricci, da empresa Unidas, e da advogada Daniela Ferraz Ricci, a jovem afirma que a família não a ajudou em nada com os vídeos, que foram todos obtidos pela internet.
Quando a turma AE4 percebeu que a internet inteira estava falando sobre o assunto, agiram rápido, disseminando ainda mais o assunto pelo Twitter. A sala se uniu para responder a todos os curiosos que aderiram à hashtag. Seguindo uma estratégia instintiva, impulsionaram ainda mais a gincana. Grandes responsáveis pelo potencial que o projeto carrega hoje, uma semana após o ocorrido. “O que aconteceu realmente foi inesperado, nunca imaginei que meu nome acabaria viralizando dessa forma. Mas, agora, o mais importante é usar isso de uma forma positiva”, conclui Gabriela.
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