A listagem na bolsa, que poderia avaliar a companhia de nove anos em cerca de US$ 4,5 bilhões ou mais, seria uma sorte inesperada para Falguni, impulsionando ainda mais o valor de seu investimento inicial de US$ 2 milhões.
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Com 58 anos, a fundadora, diretora-administrativa e CEO da loja online de cosméticos e roupas com sede em Mumbai possui 54% da empresa, com seu marido, Sanjay Nayar, CEO indiano da gigante norte-americano de private equity KKR, e seus dois filhos. O IPO é oportuno, pois a Nykaa recentemente se tornou lucrativa, o que a torna uma proposta atraente para os investidores.
Em meio aos lockdowns por conta da pandemia, os consumidores presos em casa começaram uma farra de compras online, pedindo de tudo – desde batons e máscaras a cremes para a pele. Essa onda de compras impulsionou a receita anual da Nykaa para US$ 334 milhões no ano fiscal encerrado em março de 2021, ante US$ 236 milhões no ano anterior. A empresa reportou lucro líquido de US$ 8 milhões no mesmo período, contra um prejuízo líquido de US$ 2 milhões em 2020.
Falguni pretende implantar os recursos do IPO em tijolo e argamassa – novos depósitos e lojas – bem como aumentar a visibilidade da sua marca. Nykaa, derivada da palavra sânscrita “Nayaka” que significa “alguém no centro das atenções”, criou um nicho para si mesma ao vender marcas de beleza de luxo como Estée Lauder, Clinique e Bobbi Brown em seus infinitos corredores online.
Hoje, a varejista tem 73 lojas em 38 cidades da Índia e distribui 1.350 marcas. Ela também tem sua própria linha de produtos, de fragrâncias a roupas da moda, mas a maior parte das vendas vem de seu site e aplicativos.
Quase 87% do valor bruto das mercadorias da Nykaa no ano fiscal de 2021 foi gerado por seus aplicativos móveis. E compradores online gastaram quase 100 milhões de horas em seus sites de moda e cuidados pessoais, como o canal Nykaa TV no YouTube e endereços como o Nykaa Network e Nykaa Beauty Book.
Ela se tornou uma cliente fiel da Sephora em suas visitas frequentes aos Estados Unidos, onde seus gêmeos estudaram entre 2004 e 2008 (ambos trabalham com ela agora). A indiana percebeu que, embora cadeias de drogarias como CVS Pharmacy também vendessem produtos de beleza, a Sephora tinha vantagem porque os vendedores em suas lojas eram muito prestativos e amigáveis ao cliente. Falguni decidiu que uma versão indiana da gigante norte-americana era uma ideia oportuna. “Isso tinha muito potencial, mas eu sabia que teria que criar o mercado”, disse a empresária em uma entrevista à Forbes Ásia em 2019.
Com base em sua experiência em banco de investimento, ela rapidamente avaliou o potencial do mercado, mas “não conhecia beleza, tecnologia ou varejo”, disse ela na época. A indiana superou isso tornando-se ela própria uma ávida compradora de cosméticos e consultando especialistas em tecnologia. Em seguida, ela deu o salto: começou o Nykaa como um varejista online, adicionando lojas de rua assim que estabeleceu seu nome.
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