Em competições oficiais, incluindo a Copa do Mundo, os jogadores das seleções feminina e masculina receberão pagamentos idênticos por partida.
A Federação Norte-Americana se tornou a primeira do mundo a igualar a premiação da Copa do Mundo da Fifa direcionada aos times feminino e masculino pela participação em seus respectivos Mundiais.
A equipe feminina não receberá mais salários fixos e terá o mesmo sistema de pagamentos por partida do seu correspondente masculino.
Em outra medida inédita para a USS e o sindicato dos jogadores, a federação dividirá uma parte das receitas de transmissão, comerciais e de patrocinadores igualmente entre os times feminino e masculino. “Esse é um momento histórico. Esses acordos mudaram o jogo para sempre aqui nos Estados Unidos e têm o potencial de mudar o jogo em todo o mundo”, disse Cindy Parlow Cone, presidente da US Soccer e ex-jogadora da seleção.
Disparidade salarial
US$ 34 milhões (R$ 168 milhões). Essa é a quantia de dinheiro a mais que a FIFA pagou à seleção masculina da França – que levou para casa US$ 38 milhões (R$ 188 milhões) pela vitória na Copa do Mundo de 2018 – em relação ao que recebeu a seleção feminina dos EUA depois que venceu a Copa de 2019.
Os acordos encerraram uma disputa que começou em 2016, quando algumas jogadoras entraram com uma reclamação federal de discriminação salarial alegando que recebiam menos dinheiro do que os homens, embora gerasse mais receitas para a federação de futebol dos Estados Unidos.
Depois que a queixa não foi adiante em direção à igualdade salarial, em março de 2019, 28 membros da seleção feminina dos EUA processaram a US Soccer.
Em fevereiro, a federação chegou a um acordo em que concordou pagar US$ 24 milhões (R$ 119 milhões) às jogadoras e se comprometeu a garantir a igualdade salarial para homens e mulheres no futuro. O negócio estava condicionado à assinatura de um novo acordo com a equipe feminina, que, agora concluído, pode ser finalizado.