Existem várias razões pelas quais as mulheres são menos propensas a receber esse tipo de financiamento. Uma delas é que as empresas de capital de risco são predominantemente dominadas por homens e tendem a investir em empresas que refletem suas próprias experiências e redes.
As mulheres têm uma tendência maior a iniciar negócios em setores tradicionalmente vistos como “não tradicionais” para investimentos de capital de risco, como saúde e produtos de consumo, e pedem quantias menores de financiamento do que os homens, fazendo com que pareçam menos passíveis de investimento.
A boa notícia é que estão sendo tomadas medidas para resolver esse desequilíbrio. Um número crescente de empresas de capital de risco está se concentrando em investir em empresas lideradas por mulheres, e a How Women Invest, braço da organização How Women Lead, está trabalhando para conectar empresárias a potenciais investidores.
“Para ter sucesso em um mundo dominado por homens, as mulheres precisam criar seus próprios sistemas e redes e apoiar outras mulheres”, diz Julie Abrams, fundadora e CEO da How Women Lead.
“Muitas vezes, as mulheres são colocadas umas contra as outras no local de trabalho, em vez de serem vistas como colegas. Isso precisa mudar. As mulheres precisam se unir e apoiar umas às outras para criar um campo de jogo nivelado. Quando as mulheres se ajudam, todos se beneficiam.”
De acordo com um relatório da McKinsey & Company, as mulheres vão herdar a maior parte da riqueza nos próximos anos. E, no entanto, apenas uma fração dessa riqueza é atualmente investida em startups de mulheres. Por quê?
Abrams argumenta que no relatório há várias razões para isso, incluindo a falta de conscientização sobre as oportunidades disponíveis para as mulheres e a falta de acesso ao capital de risco. Ela também apresenta argumentos convincentes sobre por que investir em startups pode ser uma maneira poderosa de as mulheres aumentarem seu poder econômico e diminuir a disparidade de riqueza entre os gêneros.
Os investimentos em startups podem proporcionar às mulheres retorno financeiro e um senso de propriedade e controle sobre seu próprio futuro econômico. Além disso, ao investir em startups focadas na solução de problemas sociais e ambientais, as mulheres podem ajudar a criar um mundo mais igualitário e sustentável.