Investir não é um jogo no qual uma pessoa perde e outra ganha. Ao expandir quem está envolvido nas decisões e, quem está inovando, cria mais empregos, aumenta a competitividade e faz crescer a economia.
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“Conseguimos ver um desempenho mais consistente quando equipes com diversidade de gênero estão no controle da tomada de decisões financeiras e queríamos entender quais poderiam ser as características ou tendências que as mulheres trazem para a mesa”, disse Shaber. Está bem documentado, segundo elas, que as mulheres tendem a:
- Ter um estilo de liderança colaborativo e aberto a mudanças.
- Estar menos abertas ao risco.
- Confiar em redes, influências descentralizadas e pessoas com egos mais calmos.
- Fazer mais pesquisas.
- Considerar o amplo impacto de suas decisões na sociedade.
- Priorizar os resultados a longo prazo.
- Tomar decisões mais ponderadas.
Estar mais próximo dos problemas que precisam ser resolvidos traz muito mais inovação para a mesa. As mulheres estão mais próximas de muitos dos desafios mais significativos do mundo. “É o caso da educação, da saúde, da economia do cuidado e do meio ambiente”, disse Marime-Ball. “Elas estão na linha de frente.”
“Se as pessoas que tentam resolver os problemas forem todas iguais, elas perderão oportunidades que a diversidade traz”, disse Shaber.
Mulheres tendem a investir em mulheres
“Isso não pretende ser uma estratégia de substituição, mas sim de que a diversidade deve crescer em partes da economia”, afirma Shaber. “Dados mostram que, com o aumento de 20% de mulheres na força de trabalho nas últimas três décadas, a participação masculina diminuiu menos de 2%.”
Estudos mostram o desempenho superior das empreendedoras do sexo feminino. No entanto, apenas 2,2% do VC (venture capital) vão para equipes exclusivamente femininas e 18,5% para equipes que tenham lideranças femininas. Equipes masculinas obtêm quase 80% dos investimentos de venture capital nos EUA, segundo o painel sobre VC feminino nos EUA da companhia de dados financeiros PitchBook.
Os VCs tendem a investir em empreendedores que refletem suas origens e identificações demográficas. As firmas de venture capital que aumentaram o número de sócias em 10% viram um aumento anual de 1,5% nos retornos dos fundos, além de 9,7% a mais nos lucros.
Investidoras assumem menos riscos
“Quando as instituições financeiras estenderem o capital de dívidas para investidoras, você terá menos empréstimos inadimplentes e menos inadimplência nas carteiras”, disse Marime-Ball. “Como as mulheres tendem a tomar emprestado a quantidade certa de capital, elas tendem a administrar seus negócios com mais eficiência e eficácia.”
No entanto, as empresárias têm menos probabilidade de serem aprovadas para empréstimos e são cobradas taxas de juros mais altas a elas. Há uma percepção errônea de que as mulheres não são capazes de administrar finanças.
“É importante ver as mulheres como agentes e impulsionadoras de soluções do mercado. Se pudermos mudar esse paradigma, veremos o capital fluindo para soluções lideradas por mulheres e que têm diversidade de gênero”, disse Marime-Ball.
(Traduzido por Gabriela Guido)