Miami Art Basel: como a arte chama a atenção para diversidade e questões climáticas

19 de dezembro de 2023
Sean Drakes/Getty Images

A feira de arte Miami Art Basel aconteceu de 8 a 10 de dezembro ao redor da cidade de Miami

Arte é um bom respiro.

E por que estou falando isso?

Porque na semana passada aproveitei alguns dias livres na loucura do fim do ano e embarquei para Miami, onde rolava a Miami Art Basel. E foi a melhor decisão que eu podia tomar.

  • Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Para quem não conhece, eu explico: a Art Basel é uma feira de arte que nasceu na Europa, mas ganhou ainda mais força quando desembarcou em Miami, sempre nessa época do ano, levando arte para os quatro cantos da cidade.

Além da programação oficial, que rola em um grande espaço no centro de convenções da cidade, reunindo mais de 250 galerias e 4 mil artistas do mundo todo, a cidade respira arte nessa época do ano, com instalações até nas praias e várias feiras paralelas.

Leia também

Eu nunca tinha ido e fiquei muito impressionada com a transformação que acontece em Miami, sempre tão ligada ao turismo, à praia e às compras. A cidade passa a ficar mergulhada em novas formas de mostrar artistas e criar essa conexão entre público, transeuntes, colecionadores e artistas.

O que mais me chamou a atenção?

A diversidade. O universo da arte sempre foi um lugar mais democrático, onde pessoas não são julgadas por sua aparência, tamanho do corpo ou sua cor. Quando a gente olha um quadro na parede a gente não sabe, em geral, quase nada daquele artista. E aí aquilo se conecta ou não com o que você se sente. E isso é muito bonito. Sem preconceito nem outra questão além da pura arte.

Nas paredes da Miami Art Basel, vi quadros de artistas de todos os cantos do mundo – da África à Asia, do Brasil à Finlândia, da Europa à Oceania. E isso mexe com a gente de uma forma muito especial. É bonito ver que somos tão diversos, tão diferentes, mas ao mesmo tempo movidos pelos mesmos sentimentos. Queremos provocar reflexões, falar de amor, de dor, de racismo, machismo, feminismo, mas também de beleza e conforto.

E um dos assuntos que eu mais vi presente em que tudo o que olhei foi a questão climática. A arte vem chamando a atenção para esse assunto há algum tempo. Mas dessa vez, em Miami, eu vi importantes reflexões transformadas em arte, clamando para que o mundo se conscientize de que se não fizemos nada a tempo, nem a arte poderá nos salvar.

Juliana Ferraz é sócia da Holding Clube e tem quase 30 anos de carreira no universo da comunicação e eventos no Brasil.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.