E é exatamente nisso que a Visa está trabalhando. Em abril do ano passado, a operadora de meios de pagamento implementou seu primeiro projeto escalável no mundo. O escolhido foi o metrô carioca, responsável pelo transporte de 900 mil passageiros por dia. No total, 331 catracas foram habilitadas com a solução de pagamento por aproximação do cartão de crédito, celular, pulseira e relógio com a tecnologia NFC (Near Field Communication) em 41 estações, onde o passageiro só precisa aproximar o plástico ou o dispositivo móvel para efetuar o pagamento, que é debitado diretamente na fatura, no final do dia, sem taxas ou cobranças adicionais.
Nos três primeiros meses, dados da VisaNet indicaram que o número de transações por aproximação cresceu 58% de um mês para outro. A estação Carioca, campeã de uso, registrou 26 mil transações do tipo no período. Em seguida, vieram as estações Botafogo, Jardim Oceânico, Uruguaiana e Cinelândia. Nessa primeira fase, somente os cartões Visa estavam habilitados para a operação (inclusive nas carteiras digitais Apple Pay e Samsung Pay). O próximo passo é incluir cartões de débito e habilitar outras bandeiras.
Em setembro de 2019, foi a vez da SPTrans. A gestora do sistema de transporte público de ônibus na capital paulista e a Visa desenvolveram um projeto piloto – com duração inicial prevista de três meses – e implementaram a solução em 200 veículos de 12 linhas da cidade, com possibilidade de pagamento, inclusive, com cartões de débito e bandeira Mastercard. O período de experiência acabou, mas a funcionalidade continua, e o sistema ainda ganhou a inclusão do Expresso Tiradentes – corredor de ônibus que liga o centro da cidade à zona leste e sudeste – no final de dezembro. “Neste momento estamos discutindo a expansão para outras linhas e modais”, diz Marcelo Sarralha, diretor executivo de soluções da Visa do Brasil. O executivo, no entanto, não se arrisca a falar em prazos, já que a negociação depende de uma série de definições dos operadores de transporte e de aspectos contratuais. “A tecnologia, no entanto, está totalmente disponível”, diz.
CAIXINHA PRETA
O grande desafio para implementação dessa solução em escala era habilitar a aceitação dos cartões bancários e outros dispositivos nos equipamentos já instalados – ou seja, sem a necessidade de trocar as catracas de cada um dos veículos ou das estações, o que provavelmente acabaria se tornando economicamente inviável. “Criamos então o que chamamos de ‘caixinha preta’, um módulo que é inserido no interior do parque tecnológico existente, fazendo uma espécie de up grade”, explica Sarralha. A tecnologia foi batizada de Visa Secure Access Module (SAM).
A implantação do time brasileiro da Visa no metrô do Rio – feita em parceria com Planeta Informática, Ingenico Group, Digicon e a Cielo como adquirente – no entanto, chamou a atenção da companhia em nível global ao ser apresentada, no ano passado, durante um evento em Barcelona. Agora, a empresa se prepara para operações em larga escala em outros países. Por aqui, Sarralha adianta que mantém negociações com mais de 10 municípios para adoção do sistema inclusive em outros meios de transporte e estacionamentos, e que já pensa até em vending machines.
Segundo ele, uma grande oportunidade está no sistema de pedágio. “Além de facilitar a vida do usuário, uma operação que integre cartões e dispositivos por aproximação pode diminuir, e muito, os custos operacionais da transação. Atualmente, metade do volume pago nos pedágios do Brasil é em espécie. Isso tem um alto custo de logística e segurança”, explica o executivo brasileiro.
INTELIGÊNCIA DE DADOS
“O impacto do pagamento por aproximação vai além do transporte público. Temos testemunhado mudanças no comportamento dos consumidores e dos estabelecimentos comerciais no mundo todo assim que lançamos essas soluções, como o aumento do uso do pagamento eletrônico em detrimento do dinheiro em papel, que leva segurança, agilidade e uma melhor experiência de compra e venda para as cidades”, diz o executivo.
Sarralha vai ainda mais longe e explica que, com a capacidade de coleta de dados do sistema, faz sentido pensar na solução como uma importante aliada para a mobilidade urbana como um todo. “Com informações sobre os trajetos – como os horários de pico e destinos – fica mais simples implementar tarifas flexíveis com o objetivo de distribuir melhor o uso da malha de transporte ao longo do dia”, exemplifica. Em resumo, se bem trabalhados, esses dados podem, num futuro próximo, desafogar as grandes cidades, mudando toda a sua dinâmica.
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O Grupo Movile abriu as inscrições para seu primeiro MovileHack Afro, hackathon com foco em pessoas negras, iniciativa focada em trazer maior diversidade para as empresas do grupo, além de promover a aproximação e capacitação para as comunidades de tecnologia. Com duração de 30 horas, o evento, que será nos dias 7 e 8 de março em São Paulo, vai estimular os participantes a propor soluções para o seguinte problema: “Como educar jovens em situação de vulnerabilidade usando tecnologia?”. São 50 vagas. As três melhores equipes serão premiadas com dinheiro. Aquela que conquistar o 1º lugar vai ganhar também uma mentoria com Nina Silva (foto), sócia fundadora do Movimento Black Money e eleita uma das Mulheres Mais Poderosas do Mundo pela FORBES em 2019.
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Belcorp adota plataforma de IA da LLamasoft para supply chain
Algumas companhias fora do Brasil são “early adopters” da solução, entre elas a Belcorp. A empresa peruana de cosméticos utiliza a plataforma para gerenciar sua rede global de fornecedores e uma rede de distribuição de mais de 1 milhão de consultoras de beleza. “Temos conseguido tomar decisões mais inteligentes e rápidas e otimizar nossos processos da cadeia de suprimentos”, diz Gian Paolo Gandini, corporative sourcing director da Belcorp. “Com a plataforma, criamos um ‘digital twin’ de toda a cadeia, o que nos permite testar repetidamente diversos cenários e estarmos preparados para qualquer situação. Já constatamos melhorias significativas no supply chain.”
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EMBRAPII recebe propostas de projetos para a indústria
Os interessados têm até 25 de março para montar consórcios com pelo menos três empresas e submeter uma proposta. Não há restrição de área de conhecimento e todos os setores industriais podem apresentar projetos – desde que as associações de cada um deles esteja envolvida. Empresas de grande porte podem também participar, mas sempre em consórcios com pequenas e médias empresas e startups.
No modelo de cooperação internacional, cada país financia suas respectivas empresas e instituições de pesquisa. As brasileiras devem estar associadas à rede credenciada de 42 Unidades EMBRAPII para o desenvolvimento da iniciativa. Os projetos financiados pela Cornet têm valor médio de R$ 600 mil. A Rede mantém parceria com 11 países parceiros pelo mundo. Além do Brasil, estão conectados Alemanha, Áustria, Bélgica, Canadá, Polônia, Japão, Holanda, Suíça, República Checa e Peru.
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Gympass chega a Itaberaí com impacto em quase metade da população
A Gympass acaba de fechar uma parceria com o grupo São Salvador Alimentos (SSA), holding detentora das marcas Boua e Super Frango, que vai impactar cerca de 50% da população de Itaberaí, no interior de Goiás. A SSA possui cerca de 6.000 colaboradores que, junto com seus familiares, somam um contingente de 20.800 pessoas – ou 46% dos 45.000 habitantes da cidade. Com o serviço de assinatura mensal, elas poderão usar a plataforma para selecionar as modalidades e os locais mais convenientes para incluir a atividade física em suas rotinas. De acordo com um recente estudo da Deloitte, as empresas conseguem reduzir em 32% a inatividade dos funcionários com a oferta de um programa de bem-estar, além de melhorar em 25% a retenção de talentos.
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