Em um período de 12 horas, devorei o máximo de notícias, blogs, tópicos do Twitter e revistas científicas possível – e tive muitas conversas com especialistas também. Ficou claro para mim que o desafio que estávamos prestes a encontrar pela frente seria diferente de qualquer crise que nós (e o mundo!) já vimos, com consequências de curto e longo prazo para nossos negócios, clientes, famílias e toda a sociedade.
Adaptabilidade é um dos super poderes que temos no Nubank desde o primeiro dia de empresa. Em 2013, decidimos começar em um ambiente muito hostil em termos econômicos e, sobretudo, cheio de desafios regulatórios. Além disso, estamos acostumados a desafiar o status quo: nascemos pra isso. Isso significa que os times do Nubank abraçam os desafios que se apresentam e reagem com velocidade. E não seria exagero dizer que até prosperamos em tempos difíceis.
Nossa equipe abraçou o desafio e, 24 horas depois, o Nubank inteiro estava trabalhando remotamente, tornando-se uma das primeiras empresas no Brasil a fazê-lo – e conseguimos isso mesmo sem termos uma infraestrutura previamente montada para trabalho remoto em escala, e sem nunca termos testado uma operação à distância com todos os times.
Na semana seguinte, nosso foco se voltou inteiramente para nossos clientes. Com mais de 23 milhões de consumidores usando nossos produtos no Brasil e no México, o Nubank é hoje a sexta maior instituição financeira do Brasil e uma das maiores da América Latina.
Estava evidente para nós que milhões de nossos usuários estavam prestes a entrar nas piores semanas ou meses de suas vidas. Não apenas a saúde desses clientes seria posta em risco, mas também seu sustento.
Mas queríamos ir além da possibilidade do refinanciamento: sempre nos vimos como uma empresa de tecnologia focada no consumidor, muito mais do que “um banco”. Nosso valor número um é construir relacionamentos com nossos clientes baseados em confiança e empatia.
Foi então que anunciamos a criação do nosso fundo de apoio “Pessoas Primeiro”: R$ 20 milhões capazes de ajudar nossos clientes a enfrentar outros desafios tão ou mais difíceis e urgentes que o refinanciamento. Em parceria com o hospital Sírio-Libanês, o iFood, entre outros parceiros, passamos a enviar alimentos para famílias que não tinham condição de almoçar e jantar, oferecemos sessões de apoio psicológico para outros, entregamos leite e fraldas para pais e mães sem condições de assegurar isso aos filhos…
Muitos clientes também nos pediram perdão total de suas dívidas ou atraso nos pagamentos por tempo indeterminado: adoraríamos poder atender a todos desta forma, mas essa seria uma decisão inconsequente e pouco sustentável para o Nubank a longo prazo.
A boa notícia é que a crise está me permitindo ver um Nubank diferente. Operamos bem em “tempos de paz”, mas são nos “tempos de guerra” que somos colocados à prova. O nível de comprometimento, disciplina e engajamento que tenho visto entre os funcionários, mesmo estando todos distantes, muitos inclusive em diferentes continentes, me deixa incrivelmente orgulhoso da empresa que estamos construindo.
Estamos melhorando significativamente nossas habilidades de execução dia após dia: tivemos que dominar várias habilidades – como comunicação, colaboração e coordenação à distância – auxiliadas significativamente por conjuntos de métricas e relatórios recém-criados os quais nos permitem sentir o pulso da empresa em tempo real.
Ninguém sabe como esta crise se desenvolverá de fato, e se estamos falando de meses ou anos. Mas tenho certeza de uma coisa: estou confiante de que já somos uma empresa melhor por causa disso.”
Loft explica demissões feitas em março
Na última sexta-feira (3), a convite desta coluna, Florian Hagenbuch, fundador e co-CEO da Loft, escreveu como ele e a empresa estavam atravessando a crise originada pelo novo coronavírus, em primeira pessoa, a exemplo do que já havia feito na semana anterior Marcelo Abritta, da Buser, e do que fez hoje (9) David Vélez, do Nubank. Em nenhum momento, o executivo mencionou demissões ou reestruturações feitas ou a necessidade de fazê-las.
Na terça-feira (6), no entanto, nos chegou a informação de que, em 27 de março, portanto dias antes da publicação da coluna, 47 funcionários haviam sido desligados da empresa. Ao ser questionada, a proptech disse, em comunicado:
“Durante o mês de março e início de abril, a Loft realizou uma reorganização do seu quadro funcional. Para atender ao crescimento da empresa, 127 novos funcionários foram contratados entre a segunda quinzena de março e a primeira semana de abril nas áreas de tecnologia, produto, marketing e RH, entre outras. Ao mesmo tempo, 47 posições foram extintas nas áreas de engenharia e arquitetura da Loft e da Decorati, por conta da fusão das duas empresas, ocorrida em novembro passado. Portanto, o resultado desta reorganização é um aumento de 80 posições no nosso quadro funcional, que agora supera o número geral de 500 funcionários”.
CONTEXTO
Com a aquisição da startup de reformas Decorati em novembro do ano passado, funções foram duplicadas e a Loft anunciou a fusão das duas empresas, que até então estavam operando de forma independente, na primeira semana de março. Como unidade de negócios, a Decorati agora lidera todas as etapas do business de reformas da Loft.
Segundo um ex-funcionário da empresa, que não quis se identificar, os possíveis afetados começaram a se movimentar para encontrar vagas na própria empresa depois do anúncio da fusão, e a proptech parecia disposta a realocar os colaboradores internamente.
Em comunicado aos colaboradores enviado em 27 de março, ao qual a FORBES teve acesso, o cofundador da Loft, Marcus Grigoletto, fala que a liderança passou semanas “mapeando competências, entendendo necessidades e criando matrizes de pessoas para garantir as pessoas certas nos lugares certos” antes de anunciar as demissões. O empreendedor então menciona a crise provocada pela Covid-19 como outro fator que influenciou a decisão:
“Conectado a isso, estamos vivendo uma pandemia, que não temos certeza de quais são os impactos, em especial econômicos, e foi necessário antecipar estes movimentos, que aconteceriam nos próximos meses [sic]”. Grigoletto conclui a comunicação com uma lista dos nomes dos funcionários desligados, agradece a todos e diz que o plano de saúde dos ex-funcionários teria a cobertura prolongada por três meses e uma consultoria contratada pela Loft ajudaria essas pessoas a conseguirem novos empregos.
O ex-colaborador afirma não estar ressentido com a empresa, mas esperava uma atitude diferente da liderança: “O que deixou os ex-funcionários incomodados foi o fato de o texto ignorar estas demissões, pois elas aconteceram dias antes da publicação da carta aberta”.
Movimento Black Money lança fundo para apoiar empreendedores negros
O Movimento Black Money, liderado por Nina Silva (foto), eleita uma das mulheres mais poderosas do Brasil pela FORBES em 2019, lançou uma campanha para um fundo que busca auxiliar famílias lideradas por mulheres negras e microempreendimentos de afroempreendedores.
Mais informações sobre a campanha podem ser encontradas neste link.
LEIA MAIS: Movimento Black Money anuncia marketplace específico para empreendedores negros
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Servidores públicos sofrem com falta de estrutura para home office
Problemas relatados incluem falta de acesso remoto a suas máquinas ou servidores (9,4%), dificuldades de acesso à internet (3,1%), falta de recursos tecnológicos (2,4%), de ferramentas adequadas (4,3%) e de suporte apropriado (1,6%). Metade dos entrevistados informou que o home office nunca havia sido usado pela instituição. O levantamento foi realizado com 373 servidores públicos operando em território nacional entre os dias 19 e 23 de março.
Empresa brasileira se posiciona como alternativa segura para eventos virtuais
Embraer, Facebook, Amazon e o governo da França estão entre os usuários do sistema, que permite que até 100 mil pessoas estejam conectadas de forma simultânea e conta com um processo de autenticação que impede que intrusos invadam reuniões em salas privativas. Segundo a empresa, o tratamento de informações na plataforma está em conformidade com as políticas de proteção de dados dos Estados Unidos e Europa.
Além de uma segurança mais robusta, a empresa brasileira disponibiliza um recurso de “teia de contatos”, onde é possível medir a quantidade de contatos trocados em um evento, além da possibilidade de fazer diversas palestras e painéis ao mesmo tempo dentro da mesma conferência virtual.
Para apoiar organizações de 37 países listados pelo governo norte-americano como as nações mais afetadas pela pandemia, a empresa oferece a plataforma sem custo por um mês. Em 10 dias, a InEvent diz ter recebido mais de 100 pedidos de empresas privadas e órgãos estatais de oito países que solicitaram o uso gratuito da ferramenta. Com sede em São Paulo, a empresa tem escritórios na Flórida e Califórnia e atendeu cerca de 3 milhões de pessoas com suas ofertas de eventos digitais em 2019.
MAIS
– O Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD), criou um balcão virtual para ajudar os empreendedores da área do parque de inovação tecnológica recifense a buscarem todas alternativas para o enfrentamento à crise do novo coronavírus. Empresas embarcadas do pólo, bem como as de serviços como restaurantes e bares, poderão buscar possíveis soluções, como auxílio na folha e adiamento de impostos. No dia 13 de abril, às 15h, o projeto começa com uma transmissão ao vivo. O escritório de advocacia Da Fonte e de assessoria contábil BWA participam voluntariamente do projeto, que é promovido pelo NGPD em parceria com as associações Softex, Assespro, Seprope e a comunidade de startups Manguezal;
– O marketplace OLX removeu 16 mil publicações que apresentavam valores abusivos de itens como álcool em gel e máscaras utilizados na prevenção da Covid-19 entre 19 e 29 de março. Por outro lado, a empresa também notou o crescimento de anúncios que seguem tabelas de preços oficiais de mercado destes produtos, com o acréscimo de 40 mil anúncios no período mencionado;
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