A Leve, que cuida de toda a jornada de itens comprados em sites de e-commerce estrangeiros até o consumidor, iniciou as atividades em solo norte-americano no início do agosto. O lançamento segue meses de integrações e testes com parceiros locais para aspectos que vão desde a armazenagem e frete interno até operações aeroportuárias.
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Com sua nova operação logística, a Ebanx se posiciona como um parceiro estratégico de empresas norte-americanas que querem alcançar clientes brasileiros e ainda não o fazem por conta de entraves como a experiência precária que consumidores por aqui atualmente têm ao comprar produtos de sites de e-commerce internacionais.
Essa experiência de compra ruim é explicada pela falta de opções logísticas adequadas, que limitam o potencial do comércio eletrônico entre os Estados Unidos e Brasil. Segundo Gabriela Rodrigues, gerente do projeto da Leve, o sistema postal é lento e não permite o acompanhamento da trajetória das encomendas, ao passo que nos envios feitos por empresas de courier, todos os produtos são taxados e o custo total costuma ultrapassar 120% do valor inicial do produto.
“Nossos primeiros clientes estão vendo a Leve realmente como a ponte que vai ajudar o e-commerce dos Estados Unidos a chegar ao Brasil com qualidade e preço competitivo”, ressalta.
Segundo a empresa, mais de 175 mil pacotes foram enviados da China para o Brasil desde que as operações tiveram início, de diversos marketplaces e e-commerces chineses, bem como de marketplaces brasileiros.
Em seu armazém de encomendas em Miami, na Flórida, a Leve faz o recebimento dos itens, bem como o manuseio, etiquetagem e envio dos pacotes para consumidores brasileiros. A empresa se certifica de que as etiquetas dos pacotes contém as informações exigidas pelas autoridades brasileiras, e rastreia os itens desde o momento da saída no país de origem até a entrega, tanto para o consumidor quanto para o site de e-commerce.
Uma vez que o pacote chega ao Brasil, passa pelos processos alfandegários brasileiros, que avaliam se a tributação é necessária – essa etapa pode durar vários dias. Segundo a Leve, o mesmo processo leva cerca de um dia útil para as encomendas que foram processadas pela startup, por conta da padronização das informações de envio de acordo com o que é exigido por aqui.
Segundo a empresa, o fornecimento das informações em conformidade com as exigências das autoridades brasileiras também evita despesas adicionais como o despacho postal, taxa dos Correios que é cobrada para o manuseio das encomendas e atividades como a disponibilização de informações ao importador para o desembaraço da remessa via internet.
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Mesmo em um momento em que uma revisão da globalização está presente na fala de muitos executivos globais, o Ebanx acredita que o segmento de e-commerce internacional vai continuar crescendo em mercados latino-americanos como o Brasil, segundo André Boaventura, sócio e chief marketing officer do Ebanx e diretor da Leve.
E continua: “Ele quer a pizza do bairro, mas a peça especial para sua bicicleta só vende nos Estados Unidos – e até ontem ele precisava viajar até lá para ter acesso. Agora, ele compra sem sair de casa, paga parcelado no cartão brasileiro e pode receber em qualquer cidade do Brasil em poucas semanas”.
O apelo do comércio eletrônico cross-border também é grande da perspectiva dos varejistas, diz Boaventura, pois o mercado norte-americano é grande, porém competitivo e caro. “Vender para o Brasil é aumentar seu mercado consumidor em 200 milhões de pessoas, pagando uma fração do custo de marketing digital que ele precisa investir nos Estados Unidos”, ressalta.
Em maio deste ano, a Ebanx publicou um estudo sobre a influência da Covid-19 no consumo online. Com base nos insights de sua consulta com mais de 1.500 pessoas que já compram em plataformas de e-commerce internacionais, a empresa descobriu que brasileiros pretendem não só manter, mas aumentar o gasto nestes sites depois que a pandemia for superada.
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