É a mmhmm, startup de apresentações virtuais de Libin, em ação. Criado em maio como “uma espécie de brincadeira”, o aplicativo de videoconferência atualmente acumula milhares de usuários em teste, uma lista de espera de 100 mil e, a partir de quarta-feira (14), um novo financiamento de US$ 31 milhões para expandir. O fundo, que inclui um investimento de US$ 21 milhões na Série A liderado pela Sequoia, US$ 5 milhões adicionais levantados para o estúdio All Turtles de Libin e US$ 5 milhões em dívidas do Silicon Valley Bank, avalia a startup a uma estimativa de US$ 100 milhões, antes mesmo de seu lançamento.
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Conhecido por ter dirigido o Evernote durante anos, aplicativo que precedeu uma nova onda de startups como Notion e Roam Research, Libin argumenta que o mundo pós-Covid-19 mudou drasticamente em direção à “DJ-ificação” ou hibridização por conta das experiências virtuais que ele chama de “IRL-plus”. Libin acredita que as interações pessoais vão voltar, mas até certo ponto. No entanto, consultas médicas e bancárias, shows e lucro de investimentos podem ser ampliadas, pela capacidade de fazer gravações e mesclar outras mídias, diz Libin. “Podemos remixar a realidade”, afirma.
O Mmhmm, caprichosamente nomeado como algo “você pode dizer enquanto come”, mas de forma mais prática, uma marca que dá liberdade de atuar em todos os setores, é o produto mais recente do estúdio de criação de Libin, All Turtles, lançado em 2017. A empresa é o sétimo projeto da All Turtles a arrecadar fundos desde março, diz Libin, e o segundo a ser totalmente criado pelo estúdio. A startup já tem uma equipe de mais de 20 pessoas, diz Libin, que atua como CEO da All Turtles e do mmhmm.
Na Sequoia, empresa de capital de risco com décadas de existência que investiu em empresas como Apple, Google, PayPal e WhatsApp, o sócio Roelof Botha se reúne novamente com Libin depois de trabalharem juntos no Evernote. Botha e sua equipe lideraram uma rodada de investimento seed de US$ 4,6 milhões do mmhmm há quatro meses, depois que Botha disse que sua primeira experiência com o produto o lembrou de ver o YouTube e o Instagram. “Foi uma daquelas coisas que alguém mostra para você, e você apenas diz ‘eu quero isso’”, comenta Botha.
A primeira é que com milhares de usuários de teste e um lançamento para o consumidor esperado para o final de outubro, o mmhmm já tem uma noção sobre as demandas dos clientes e planeja estar amplamente disponível em 2021.
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A startup também tem pelo menos três segmentos claros de clientes, afirma Libin, em que o fundador espera aprimorar a forma de se fazer videoconferência conhecida hoje. Além disso, Libin enxerga maiores oportunidades de ajudar os criadores a gravar e transmitir conteúdo mais interativo no YouTube, TikTok e em outros lugares, e as experiências virtuais.
Libin se recusou a divulgar a avaliação do mmhmm após a estimativa da Forbes. “Não estou tentando otimizar dinheiro ou avaliações ou qualquer coisa assim”, diz ele. “Qualquer coisa em estágio inicial é uma loucura por definição.” No entanto, o empresário revelou algum planejamento de longo prazo, observando que o mmhmm incluía intencionalmente “pessoas pré-IPO” que poderiam preencher cheques muito maiores no futuro, se solicitadas. “Acho que uma lição de 2020 é que, quando alguém está oferecendo US$ 30 milhões, você deve aceitar. Porque quem sabe o que vai acontecer?”
O Mmhmm usará o dinheiro principalmente para continuar contratando e, em menor escala, para ajudar a financiar seus custos crescentes de infraestrutura. A empresa não venderá publicidade ou dados de clientes, diz Libin, mas cobrará uma assinatura premium para empresas e recursos adicionais.
A startup já se conecta aos grandes players de videoconferência da Cisco, Google, Microsoft e Zoom, além do YouTube. Libin está confiante de que, embora os gigantes da tecnologia possam eventualmente lançar seus próprios concorrentes, a categoria oferecerá suporte a vários players –como a Sequoia, um grande investidor do Zoom.
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