Por que a Sequoia Capital investiu US$ 17 mi em uma startup de software

5 de novembro de 2020
GaudiLab/Getty Images

Liderada por Elizabeth Zalman, a strongDM, que automatiza as autorizações, triplicou de tamanho no ano passado

No dia 27 de outubro, a strongDM, uma empresa de infraestrutura de back end, anunciou a captação de US$ 17 milhões em uma rodada da Série A liderado pela Sequoia Capital.

Elizabeth Zalman, cofundadora e CEO da startup, explica que, antigamente, para que um funcionário tenha acesso à infraestrutura da empresa, era preciso manter um diretório ativo sobre um banco de dados ao qual apenas algumas pessoas tinham autorização – normalmente administradores de sistemas. Com o surgimento da nuvem e a expansão de mais dados em mais lugares e mais pessoas precisando de acesso a eles, essas abordagens tradicionais para controlar o acesso já não são mais tão eficientes.

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“Se você vai gerenciar o acesso à infraestrutura – que pode estar no data center ou na nuvem -, é preciso ser capaz de lidar com cada nuvem, cada banco de dados ou tipo de servidor, e você precisa fazer isso com uma interface intuitiva simples que qualquer um pode adotar”, diz a executiva. “A strongDM permite que os administradores e pessoas que gerenciam a infraestrutura gerenciem e auditem o acesso a essa infraestrutura, não importa onde ela esteja e nem onde as pessoas que precisam de acesso a ela estejam.”

A strongDM funciona da seguinte maneira: em vez de receber nomes de usuário ou senhas, os colaboradores baixam um software no computador. Eles, então, fazem login, são autenticados por meio do provedor de logon único (como Okta ou OneLogin) e, depois que tiverem o acesso concedido, recebem uma lista com os recursos aos quais terão acesso. A startup concede o acesso, faz a mediação e também registra cada passo dado em uma reprodução de vídeo. “Nós levamos os usuários até a porta da frente, damos acesso ao que eles precisam e, em seguida, observamos o que eles estão fazendo”, diz Elizabeth.

Pelo serviço, a empresa oferece apenas um plano, que custa US$ 50 por usuário por mês. No ano passado, triplicou o tamanho de seus negócios e, atualmente, conta com 100 clientes, incluindo nomes como Hearst, SoFi e Peloton.

Antes de comandar seu negócio atual, Elizabeth cofundou a plataforma de marketing digital Media Armor, em 2010, vendida para a Nomi quatro anos depois, após duas rodadas de financiamento (incluindo uma Série A de US$ 2 milhões liderada pela Greycroft). A empreendedora então criou a strongDM em 2015 com o amigo do colégio Justin McCarthy (CTO) e o ex-vice-presidente de marketing da Nomi, Schuyler Brown (vice-presidente de atendimento ao cliente).

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O bilionário Douglas Leone, gerente geral e sócio da Sequoia Capital, que liderou a rodada da Série A, diz que há cada vez mais bancos de dados e muitos funcionários em todos os lugares, o que torna mais difícil para as grandes empresas rastrear quem tem acesso ao quê.

“Cada vez mais pessoas têm mais acesso a diferentes bancos de dados ou servidores e é impossível controlar tudo isso manualmente. É preciso contar com sistemas automatizados”, diz ele. “Entendemos que a solução da strongDM é uma ótimo opção para o futuro, quando esse cenário só vai piorar.”

A empresa com sede em Burlingame, na Califórnia, que atualmente conta com 35 funcionários, já arrecadou US$ 5 milhões em rodadas pré-seed e seed. Com a mais recente Série A de US$ 17 milhões, o valor total de aportes cresceu para US$ 22 milhões.

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