O setor de tecnologia e inovação brasileiro levantou US$ 348 milhões, distribuídos por 38 rodadas, em financiamentos de venture capital no último mês. Com isso, o ecossistema de startups do país fechou o primeiro quadrimestre de 2021 com US$ 2,35 bilhões captados em 207 aportes, uma máxima histórica de acordo com o levantamento “Inside Venture Capital”, realizado pela entidade de inovação aberta Distrito e divulgado hoje (3).
O segmento do setor de inovação que mais recebeu investimentos no mês passado foi o de serviços financeiros, as chamadas fintechs, que captaram US$ 731 milhões. Em segundo lugar aparecem as proptechs, de imóveis e habitação, com US$ 526 milhões. O top 5 fica completo com retailtechs (US$ 507 milhões), edtechs (US$ 222,5 milhões) e supplytechs (US$ 215,6 milhões).
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Entre os principais destaques do mês, o relatório aponta a captação da fintech Warren, em rodada série C liderada pelo fundo GIC, de R$ 300 milhões. As extensões de investimento nas séries D da proptech Loft, US$ 100 milhões, e da retailtech Olist, US$ 23 milhões, também foram listadas como movimentações importantes.
MERCADO AQUECIDO
De acordo com o relatório, o volume de investimentos registrados até agora em 2021 corresponde a 66% do total captado em todo o ano de 2020 inteiro pelas startups brasileiras. Entre janeiro e dezembro do ano passado, o ecossistema de inovação do país levantou US$ 3,53 bilhões em 525 rodadas. Na comparação dos quadrimestres, o valor de 2021 é 187% maior.
Para o cofundador do Distrito, Gustavo Gierun, os números levantados pelo relatório mostram uma maior maturidade do setor de inovação brasileiro e um aquecimento do mercado de venture capital. “O ecossistema de startups do Brasil amadureceu de maneira brutal nos últimos três anos. Hoje, nós temos mais espaços de inovação, empreendedores mais qualificados e um financiamento muito maior”, diz. “É incomparável o que tínhamos em 2017 [US$ 635 milhões] e o que vimos em 2020 [US$ 3,53 bilhões].”
Outro ponto levantado por Gierun é que, neste ano, fundos internacionais antes ausentes nesse tipo de operação no país – caso do Goldman Sachs, que investiu no Olist -, passaram a olhar para o Brasil como um bom destino para seus investimentos de risco no mercado de startups e inovação. “A gente vê uma amplitude cada vez maior de fundos, tanto nacionais quanto internacionais, participando dessas rodadas de investimento”, afirma. “É natural que eles [os investidores novos] comecem um pouco mais devagar, para entender o mercado brasileiro, para depois entrar com mais força.”
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