Usados em veículos em sistemas que vão dos freios, passando pelo motor e até em entretenimento e comunicação, os chips são essenciais no processo produtivo do setor automotivo. E a crise na oferta de semicondutores tem feito a indústria de veículos global trabalhar com a perspectiva de amargar uma perda de produção de 3% a 5% no número de unidades montadas este ano.
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“As montadoras estão tentando mitigar o risco de parada de produção por falta de semicondutores”, afirmou, referindo-se ao segundo semestre e avaliando que apenas em 2022 é que a indústria global poderá ter uma situação de equilíbrio entre oferta e demanda do componente.
Embora a produção de veículos tenha subido 55,6% nos primeiros cinco meses do ano em relação ao mesmo período de 2020, para 981,5 mil unidades, a capacidade do setor é de cerca de 5 milhões de unidades por ano. Em 2019, a indústria fabricou 1,24 milhão de veículos no mesmo intervalo.
Como as vendas no período subiram quase 32%, para 891,7 mil veículos, o setor terminou maio com estoques suficientes para 15 dias de vendas, ou 96,5 mil unidades, segundo os dados da Anfavea. Antes da crise, o setor considerava normal um volume suficiente para pelo menos um mês de vendas.
Ele, porém, afirmou que as estimativas para caminhões, cujas vendas dispararam cerca de 64% no acumulado do ano puxadas pelo agronegócio, poderão ser revistas para cima no próximo mês.
A Anfavea divulgou no início do ano que espera crescimento de 25% na produção total de veículos e alta de 15% nas vendas..
Outra dor de cabeça do setor são os reajustes nos preços de matérias-primas. Segundo Moraes, as siderúrgicas estão negociando com as montadoras novos reajustes nos preços de aço nos contratos que vencem no meio do ano. Ele não deu detalhes.
O setor apurou exportações 37 mil veículos em maio, uma expansão de 9,1% ante abril. No acumulado dos cinco primeiros meses, as vendas externas alcançaram 166,6 mil veículos, expansão de 66,5% sobre o mesmo período de 2020. (Com Reuters)
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