“Tenho a impressão de que encontrar um emprego [sendo] LGBTQIA+ não é mais tão desafiador como antigamente. Muitas empresas, principalmente startups, estão buscando contratar pessoas diversas”, diz a desenvolvedora, que se juntou à proptech em abril deste ano.
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Ágata sofreu os preconceitos na pele. Em 2016, já estava claro para si mesma que precisava fazer a transição de gênero e, três anos depois, deu início ao processo. Desde então, ela convive diariamente com os preconceitos contra a população trans e luta pelo reconhecimento da sua própria existência. “Tive receio de sair de casa e sofrer alguma violência decorrente de discriminação. Nesse aspecto, o trabalho home office ajudou muito.”
Outro impasse que a acompanhou durante toda a vida foi o diagnóstico de déficit de atenção, que veio ainda na infância. O distúrbio se manifesta até os dias atuais, tornando sua organização na vida e no trabalho um desafio constante.
Apesar das dificuldades, nada a impediu de avançar na profissão. Três anos antes de se juntar à Loft, Ágata atuou no cargo sênior de front-end developer na Canopus, especializada em prestação de serviços na área de tecnologia da informação.
Atualmente, na Loft, a especialista está encarregada da experiência do vendedor ao cadastrar um imóvel na plataforma digital, promovendo melhor usabilidade e acessibilidade, refletidos numa interação mais satisfatória do usuário com a ferramenta.
“O mercado imobiliário sempre foi a fonte de muitas dores de cabeça, tanto para quem vende quanto para quem compra. Então, acredito que o trabalho de melhorar essa experiência, torná-la mais simples e livre de surpresas indesejadas é inovador por si só. Acredito que estou ajudando as pessoas a realizarem sonhos”, afirma.
Para o futuro, os objetivos são claros: adquirir um nível de liderança técnica e se especializar em acessibilidade e usabilidade das plataformas. Ágata, que também é voluntária no projeto Transpor, consultoria de posicionamento e recolocação profissional exclusiva para pessoas trans, quer ajudar as minorias a ingressarem no mercado de trabalho. “Meu desejo é que as startups, em sua maioria, invistam em projetos de mentoria e educação gratuita para grupos marginalizados”, finaliza.
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