Fundada em 2014 por Renan Serrano, a empresa desenvolve soluções que prometem combater o mau cheiro do suor, eliminar o uso de desodorantes e, ainda, proteger contra o novo coronavírus. “Cerca de 97% da população usa desodorante, mas 95% dela está insatisfeita, pois não encontra produtos que realmente funcionem. A maioria das opções do mercado foca apenas na consequência, ou seja, em eliminar o odor. No entanto, temos que solucionar a causa do problema para que ele não volte a se repetir. O que a Visto.bio faz é regenerar e fortalecer a própria pele”, explica Serrano.
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No início do ano, enquanto viajava pela Indonésia, o atleta voltou a sofrer com o odor na região das axilas após vestir uma camiseta emprestada de um amigo. Segundo Serrano, o fenômeno, conhecido como contaminação cruzada, é mais comum do que imaginamos. Ao que tudo indica, a roupa já estava contaminada com bactérias responsáveis pelo mau cheiro e foram transferidas acidentalmente para o organismo de Scooby.
Após esse episódio, o atleta comentou nas redes sociais sobre a experiência com o produto e a falta que ele estava fazendo durante a viagem. A familiaridade com a marca fez com que não demorasse até que Scooby entrasse para o time de sócios da startup, com um investimento inicial – não divulgado – para acelerar os negócios. “Mais do que a parte financeira, acredito que eu possa aumentar o alcance”, considera o atleta, que passa a assumir a frente de divulgação da marca entre seus mais de 1,9 milhão de seguidores no Instagram.
Para dar adeus definitivo aos desodorantes tradicionais, a startup oferece dois sprays, original e antisséptico, vendidos juntos por R$ 174. A aplicação isolada dos produtos não garante a eliminação dos odores – há um protocolo de varia de um a três meses de duração, dependendo do organismo de cada pessoa. O processo envolve consultas gratuitas com os especialistas da companhia, uso de sabonetes de glicerina vegetal, hidratação das axilas e manutenção contínua dos cuidados de higienização.
A solução pode, ainda, ser aplicada em peças de roupas, evitando o mau cheiro e descartando a necessidade de lavagem com água ao mesmo tempo que garante um escudo de proteção contra microorganismos por sete dias. Lançada em abril de 2020, a iniciativa foi premiada pela Singularity University no Pandemic Challenge, desafio criado para identificar soluções contra o coronavírus.
A startup também busca atuar como aliada da sustentabilidade, reduzindo o consumo de água, a dependência dos desodorantes e antitranspirantes convencionais e gerando menos resíduos para o meio ambiente. A empresa trabalha com a coleta de frascos vazios para o descarte e reutilização correta dos materiais, compensação de suas emissões de gás carbônico, oferece embalagens biodegradáveis, não realiza testes em animais e quer incentivar o uso de produtos livres de alumínios e parabenos. Nesse sentido, a Visto.bio está em busca de parcerias com projetos sociais que contribuam para o planeta.
Com crescimento de 20% ao mês, a startup fechou 2020 com faturamento de R$ 2,5 milhões. Até 2023, a expectativa é atender cerca de 400 mil pessoas em todo o Brasil, com um faturamento médio de R$ 100 milhões ao ano. “Estamos fazendo o trabalho nacional, mas temos planos de levar nossas soluções para o mundo todo. Quero fazer os produtos chegarem ao maior número de mãos possível”, conclui Scooby.
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