A medida abre uma nova frente de consumo baseada na cultura maker onde os próprios consumidores são responsáveis por alongar a vida útil dos produtos. Um dos principais entusiastas e estudiosos da cultura maker no Brasil, Pedro Gravena entende que esse passo da Apple reacende um instinto humano de se conectar com os objetos e que com o consumismo deixou, em muitos casos, de existir. “O ser humano existe como consumidor há pouco mais de 150 anos, mas existe como maker há aproximadamente 1.7 milhões de anos. A força consumista é enorme e a gente deixou de fazer coisas para consumir coisas prontas, cada vez mais e mais. Mas o instinto está ali”, explica.
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Ícaro de Abreu, publicitário que aplica os conceitos de cultura maker em suas campanhas, entende que a Apple dá um passo esperado e que tem uma relação direta com estabelecer uma nova base de fãs. “São pessoas que conhecem a Apple como ninguém, afinal o comportamento do usuário um pouco mais próximo da marca relacionado às questões de tecnologia já traz um pouco desse comportamento de acessar os fóruns de faça você mesmo. O que a Apple está fazendo de forma física para mim, é como funcionam todos os grandes produtos digitais com os quais nos relacionamos porque no final do dia é a gente que instala o nosso assistente de voz para poder acender a luz, para citar um dentre vários exemplos.”