Empresas como a NotCo, criada no Chile e destino de um aporte de US$ 235 milhões , em julho deste ano, tornando-se um unicórnio avaliado em US$ 1,5 bilhão, contam com a tecnologia para propor novas alternativas. A startup desenvolveu um algoritmo chamado Giuseppe que busca matérias primas de origem não animal para recriar alimentos. “Usar inteligência artificial nos permite otimizar e acelerar o processo de pesquisa e desenvolvimento. Com o Giuseppe, otimizamos tempo e recursos em relação ao que o ser humano precisaria para buscar as combinações possíveis de vegetais”, explica Vanessa Giangiacomo, head de marketing da NotCo.
Outra empresa, a Tecbio Holding, que possui fábrica e laboratório instalados em Santa Bárbara D´Oeste, interior de São Paulo, desenvolveu uma substância que imita a produção do mel animal que origina uma versão vegana do alimento. Foram investidos R$ 10 milhões nessa linha e a previsão de outros R$ 15 milhões. “Utilizamos uma enzima chamada GMO Free, a mesma que as abelhas usam e misturamos com ao xarope de açúcar demerara, principal matéria-prima, à qual se adicionam fibra solúvel, açúcar mascavo, aroma natural de flores e água”, explica Ivo Rischbieter, presidente da Tecbio.
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“A indústria de alimentos está sob pressão para limpar seus produtos e oferecer mais saudabilidade para o consumidor. A diversidade de demanda por parte dos consumidores é a força motora por trás de todas estas mudanças. Neste contexto, buscar soluções próximas às oferecidas pela natureza representa um mercado potencial já existente e em crescimento significativo”, finaliza Ivo.