O que a Alexa, da Amazon, fará em uma missão da Nasa?

O voo de testes não tripulado Órion, previsto para março ou abril de 2022, levará a bordo uma assistente de voz para ser testada com foco em futuras missões

Luiz Gustavo Pacete
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O sistema tem a tecnologia Callisto, desenvolvida por meio de uma parceria entre a Lockheed Martin e a Amazon (Crédito: Divulgação)

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A Nasa lançará, em março ou abril deste ano, a espaçonave não tripulada Órion e enviará, a bordo da missão, um dispositivo embargado com a Alexa, assistente de voz da Amazon. O objetivo é que os testes feitos possam ajudar na evolução da tecnologia com foco em missões futuras e que inclua a comunicação dos astronautas. A Alexa que irá ao espaço, porém, não é integralmente a que opera em devices aqui na Terra. O sistema tem a tecnologia Callisto, desenvolvida por meio de uma parceria entre a Lockheed Martin e a Amazon.

O hardware desenvolvido permite que a Alexa funcione sem uma conexão com a internet e ao sistema operar a plataforma de videoconferência Webex fora do planeta. Profissionais da Nasa vêm testando o sistema no Johnson Space Center, em Houston, nos EUA. Da Terra os astronautas da missão vão testar o desempenho do sistema e também coletar dados da missão relacionadas a aeronave, entre eles status de voo e telemetria.

Jeff Bezos e Nasa

Apesar desta parceria entre Nasa e Amazon, outra empresa de Jeff Bezos, a Blue Origin, já teve divergências com o governo americano. No ano passado, a empresa de exploração espacial de Jeff Bezos entrou com um processo federal contra o governo dos Estados Unidos sobre a decisão da Nasa de conceder um contrato exclusivo de US$ 2,89 bilhões à SpaceX, empresa de Elon Musk. O contrato exclusivo da Nasa com a SpaceX prevê a construção de uma sonda lunar como parte do programa Artemis, do governo norte-americano. O processo judicial é o último episódio da disputa dos bilionários pela conquista do espaço sideral.

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