Como o artista brasileiro Adhemas Batista renovou sua arte via NFT

14 de outubro de 2022

Adhemas Batista: “A funcionalidade dos contratos digitais e um maior entendimento por parte dos artistas, compradores e marcas vão ajudar bastante no futuro das artes em NFTs”

Um elemento cada vez mais presente no cotidiano de artistas, músicos e marcas, o NFT, apesar de ainda estar em processo de ter seu valor compreendido por grande parte do público, tornou-se um ativo importante dentro da chamada Web3. Neste contexto, alguns artistas brasileiros veem se destacando neste cenário, inclusive globalmente. A fotografa Livia Elektra, por exemplo, teve, recentemente suas artes expostas na Times Square.

Adhemas Batista, artista brasileiro que vive em Los Angeles e já desenvolveu projetos para diversas marcas, estreou essa semana uma exposição no MUSEU.XYZ com as quatro artes que desenvolveu para o Prêmio Smarties, um reconhecimento de marketing e inovação desenvolvido pela MMA Latam. A ação foi criada em parceria com a consultoria TrêsPontoZero.io com o objetivo de celebrar a entrada no mundo digital dos prêmios em NFT. Essa empresa faz parte da GIRA.DAO holding criada por Pedro Del Priore, Paulo Martinez e Marcos Brabo, sócios da Agência Ginga, com o objetivo de fomentar o universo Web3.

Smarties, prêmio de marketing e inovação em NFT que recebeu a arte de Adhemas Batista

Apaixonado por novas tecnologias, Adhemas percebeu, em 2021, que o mercado de criptomoedas estava em alta e um movimento começava a atrair cada vez mais artistas para os NFTs. “Como é parte da minha rotina essa busca por atualização envolvendo novas tecnologias, comecei a colocar algumas das minhas artes à venda em NFT. Em poucas semanas, tivemos algo emblemático envolvendo arte e tokens, o Beeple foi vendido na Christie´s por US$ 63 milhões.”

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“Acredito que o potencial dos tokens ainda está pouco explorado quando se trata de arte em NFTs. Eles abrem um leque de possibilidades ainda não totalmente compreendido por artistas. Permite a geração de laços no relacionamento dos compradores e artistas. Para mim, ainda é o começo e pode evoluir bastante. Para um colecionador convencional, essa aproximação com o artista vai muito do relacionamento humano, os tokens trazem oportunidade para criar uma conexão no mundo digital e até mesmo gerar comunidades”, explica.

Além de suas próprias artes em NFT vendidas em plataformas como a Foundation.org, Adhemas também teve seu trabalho exposto na Blombô, no Brasil. Além disso, ele foi um dos primeiros artistas a criar em tokens para uma marca brasileira: a Havaianas. A coleção Felicidade teve cinco peças leiloadas cuja verba foi destinada para a ONG Favela Galeria. “Também desenvolvi um projeto de arte generativa inspirada em uma das maiores coleções atuais, a Bored Ape, chamada de ANTZ, ela não deu certo, mais foi um processo de aprendizado muito importante.”

Projeto desenvolvido por Adhemas Batista para a Havaianas

Por fim, Adhemas entende que, apesar de o mercado de criptomoedas viver momentos de instabilidade e afetado os NFTs, o ecossistema começa a se estabilizar. “A funcionalidade dos contratos digitais e um maior entendimento por parte dos artistas, compradores e marcas vão ajudar bastante no futuro das artes em NFTs que é uma tecnologia que pode proteger as partes e acima de tudo estreitar relacionamentos com os colecionadores”, explica.