“O Itaú vive um contexto de transformação que não envolve apenas a digitalização, mas também uma mudança refletida em suas marcas, o reposicionamento recente de Personalitté é um exemplo disso. São transformações que envolvem formato, investimento, cultura. Estamos falando de um contexto de 100 mil funcionários. E trazer para dentro dos nossos ecossistemas todas as provocações que ocorrem aqui no SXSW é um desafio, ao mesmo tempo que reflete a oportunidade e o momento que vivenciamos”, destaca Haramura. Sobre os próximos passos da presença do Itaú no festival, Haramura reforça que o objetivo, agora, é estimular o pensamento de inovação em toda a companhia e independentemente de áreas.
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“Além do SXSW, e de maneira mais ampla, a criação da Plataforma de Inovação Itaú é parte do nosso movimento de construção do banco do futuro. Por meio dela queremos instrumentalizar as pessoas para a prática do pensamento inovador. A inovação está no cotidiano das pessoas, pode surgir nas pequenas ações do dia a dia e só precisamos treinar nosso olhar e pensamento para, com isso, aplicar nas mais diversas áreas e desenvolver os negócios. Os países mais inovadores estão entre os que mais crescem no mundo”, completa reforçando que o trabalho posterior ao SXSW será de downloads, sobretudo em aspectos regionais levando conteúdo para o Nordeste, Sul e outras regiões conectando tecnologia, inovação e comportamento.
Transformação em todas as frentes
O atual momento do Itaú e o investimento no SXSW reflete uma fase vivida pelo banco desde seu posicionamento estratégico. Em entrevista à Forbes Brasil, Milton Maluhy, CEO do Itaú Unibanco, destacou que sua gestão não entende a inovação concentrada em uma área específica. “Não queremos áreas de inovação, inovar é trabalho de todos”. De acordo com o CEO, que ao chegar eliminou um nível hierárquico, o objetivo é dar mais autonomia aos líderes de negócios, humanizar as relações e tornar o processo decisório mais simples e ágil.
Disseminação de Inovação
Renato explica que a ideia é fazer uma ponte entre o é que discutido nos principais eventos do mundo, o sistema de empreendedorismo brasileiro e o próprio sistema de inovação e intraempreendedorismo do Itaú. E que a ideia é que a cada dois ou três meses esses sistemas sejam alimentados com novas informações sobre as principais discussões que estão acontecendo no mundo. É aí que entram eventos proprietários como o Tech Founders, Cubo Conecta, entre outros.
“Esses festivais nem sempre são acessíveis para a nossa realidade, a começar pelo idioma, por exemplo. Nosso objetivo é fazer com que sejam. Por isso, vamos realizar iniciativas que facilitem o acesso do público brasileiro e da América Latina. No SXSW, por exemplo, vamos traduzir as principais palestras para o português e espanhol. É uma forma de fazer a experiência possível. E para quem não vai viajar até eles, vamos realizar aqui no Brasil alguns downloads sobre tudo o que foi discutido”, conta.
Internamente, a plataforma vai estimular o intraempreendedorismo junto aos cerca de 100 mil funcionários do banco, estimulando-os a inovar para levar as melhores soluções para os clientes. Dará ferramentas também para incentivar a inovação entre clientes empreendedores, como, por exemplo, os que já participam do programa Rede Mulher Empreendedora, além de PMEs e grandes empresas. Essas ações irão se somar às iniciativas já realizadas pelo Cubo Itaú que estimulam a inovação em diferentes áreas do conhecimento e do empreendedorismo. O Cubo é uma comunidade internacional que, desde 2015, realiza a curadoria de startups em fase de tração e com alto potencial de escalabilidade para impulsionar os negócios e a economia.