O Ebit Nielsen já apontou, por exemplo, que a indústria de live sales tem potencial de crescer 26% ao ano no Brasil e encostar rapidamente no próprio e-commerce. “As vendas ao vivo vão além da transação, elas oferecem entretenimento, conexão com um ídolo, influenciadores e celebridades muitas vezes”, diz Ethienne Du Jardin.
A executiva apresentou a Mimo Live Sales no palco principal do Collision, evento que ocorre esta semana em Toronto, no Canadá, e faz parte do guarda-chuvas de eventos produzidos pelo WebSummit, que teve uma versão no Rio de Janeiro em maio deste ano. Em seu pitch, Etienne destacou a China como referência no live-shopping, mas não como a única que inova na linguagem e tecnologia. Foi lá que o live-commerce nasceu, em 2016, e hoje representa 30% de todas as vendas do e-commerce. A expectativa é chegar a US$ 423 bilhões este ano, segundo a consultoria Mckinsey.
Veja 4 tendências de live-shopping apontadas no estudo:
“Essa inovação foi inspirada na China, mas pensada e construída para o mercado americano. Hoje, já existem casos de 10% de conversão e até 40% em alguns segmentos. No comércio eletrônico regular esse índice é de apenas 2,5%, por isso a velocidade com que essa indústria está crescendo em volume”, explica. “Para os consumidores, em especial os brasileiros, é uma possibilidade de compra com atendimento em tempo real. Para as empresas, a forma de interagir com milhares de potenciais consumidores ao mesmo tempo”, destaca.
Monique Lima, CEO da Mimo Live Sales, explica que “a tecnologia desenvolvida foi construída com linguagens híbridas e com isso a empresa possui clientes fora do Brasil como a Cencosud (Colômbia, Chile, Peru e Argentina), Favo (Peru), Schultz e MaxMara (EUA), que fazem parte da carteira de clientes há mais de um ano”.
Creator Economy
Leia também:
- E-commerce global pode movimentar US$ 3,4 tri em 2025, retailtechs & Muito Mais
- Amazon amplia conexão de entretenimento e e-commerce no Brasil
- Bots de e-commerce aumentam preços, causam escassez e surfam na crise
No entanto, apesar da relação direta do live-shopping com os grandes criadores de conteúdo, Etienne explica que a ferramenta não se limita a eles. “Existe hoje uma grande tendência de live-shopping no B2B, empresas vendendo produtos e serviços. Ou seja, vai muito além dos influenciadores mais conhecidos, o que torna essa indústria ainda mais promissora.” Criada em 2020, a Mimo Live Sales atende 150 empresas de 20 segmentos diferentes, entre Bayer, J&J, Samsung, Max Mara e Diageo. Após receber investimentos-anjo de personalidades como Sabrina Sato, Luciano Huck, Felipe Neto, Nizan Guanaes, a Mimo anunciou, em maio, a conclusão de uma nova rodada financiada pelos CVCs da Locaweb (LW Ventures) e Cencosud Ventures. Os recursos serão direcionados a investimento em tecnologia, dados e novas soluções.