O TikTok reconheceu, diante do Governo dos Estados Unidos, que informações confidenciais sobre influenciadores americanos que se inscrevem para ganhar dinheiro por meio do aplicativo são armazenadas na China.
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A empresa respondeu na sexta-feira a uma carta que os líderes bipartidários do Senado enviaram recentemente ao CEO do TikTok, Shou Zi Chew, que levantou preocupações sobre suas “reivindicações incorretas” ao Congresso sobre onde a plataforma armazenou os dados de seus usuários nos EUA. Semanas depois de Chew testemunhar a um comitê da Câmara que “os dados americanos sempre foram armazenados na Virgínia e em Cingapura”, uma investigação da Forbes descobriu que o TikTok armazenou as informações financeiras de suas maiores estrelas americanas e europeias – incluindo as do TikTok Creator Fund – em servidores na China. Após essas revelações, o senador democrata Richard Blumenthal e a republicana Marsha Blackburn exigiram respostas.
Na resposta do TikTok às suas perguntas, a empresa disse que há uma diferença entre “dados de usuários dos EUA coletados pelo aplicativo TikTok” e informações que os criadores fornecem ao TikTok para que possam ser pagos pelo conteúdo que publicam. O primeiro é armazenado nos data centers da TikTok nos EUA e em Cingapura, disse o TikTok. A empresa não declarou explicitamente onde o último está armazenado.
“Apoiamos as declarações feitas pelos executivos de nossas empresas ao Congresso”, escreveu o TikTok na carta. “Fomos questionados sobre, e nosso testemunho se concentrou nos dados protegidos do usuário coletados no aplicativo – não nos dados do criador”.
Os dados do criador, explicou, costumam ser uma exceção.
“Dados protegidos” são “dados de usuários identificados pelo governo dos EUA como necessitando de proteção adicional”, dizia a carta. Mas enfatizou que há “exceções limitadas” que disse “foram determinadas como parte das extensas negociações plurianuais do TikTok com o CFIUS” – o órgão governamental que trabalha em um acordo de segurança nacional que permitiria que o aplicativo continuasse operando aqui.
*Alexandra S. Levine é uma escritora sênior que cobre mídia social e cultura online, redatora de reportagens investigativas da Forbes, cobrindo tecnologia e sociedade.
(traduzido por Andressa Barbosa)