16 anos de inovação: como o iPhone se tornou seu próprio concorrente

1 de setembro de 2023

O desafio que a Apple enfrentará no próximo dia 12 é grande, já que precisa reverter o cenário de desaquecimento de vendas. A empresa teve uma receita de US$ 94,8 bilhões no segundo trimestre deste ano, queda de 3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Setembro é um mês que, ao longo dos anos, tornou-se especial para os amantes da tecnologia, e isso se deve, em grande parte, ao iPhone. O icônico smartphone da Apple é protagonista de um evento que acontece todo ano neste mês – em 2023, já confirmado para o dia 12 – gerando expectativa e entusiasmo nos consumidores.

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2023 é o ano do iPhone 15, que promete, principalmente, “colocar a Apple na liderança do número de smartphones vendidos no mundo”, afirma Beto Guimarães de Almeida, CEO na Interbrand Brasil, consultoria global de marcas. Atualmente, a Samsung é a líder de vendas global, segundo a consultoria IDC.

Desde seu lançamento, em 2007, o modelo revolucionou a forma como o consumidor comum se relaciona com a tecnologia. A Apple foi a primeira empresa a lançar um smartphone com tela sensível ao toque, indo na contramão do que especialistas aconselhavam à época, e a integrar sistemas de música e navegação online em um só aparelho.

Confira 8 modelos emblemáticos do iPhone, desde sua criação, em 2007:

 

 

Gerando desejos

“O iPhone entra em uma lógica muito interessante, porque quando ele foi lançado, as pessoas nem sabiam que o queriam. Mas ele passou a ser não só um objeto de desejo, como uma necessidade”, diz Pedro Sant’Anna, COO e cofundador da Allugator, empresa de aluguel de smartphones especializada em iPhones.

O impacto do smartphone na indústria tecnológica foi tão grande que impulsionou o desenvolvimento de telas sensíveis ao toque de alta qualidade, processadores mais rápidos, câmeras avançadas e uma conectividade sem precedentes.

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Além disso, a App Store, lançada em 2008, criou um ecossistema diversificado de desenvolvedores de aplicativos, o que ocasionou inevitavelmente em grandes inovações em praticamente todos os aspectos da vida moderna, desde serviços de compartilhamento de carros até aplicativos de rastreamento de saúde.

A junção do recém-lançado aparelho com o surgimento das primeiras redes sociais, moldaram a sociedade em que estamos inseridos. É inegável o efeito da conexão constante, das notificações instantâneas, e-mails em tempo real e acesso à internet na palma da mão, na maneira de trabalhar, socializar e consumir informações.

Concorrente de si mesmo

Apesar das reclamações de consumidores sobre a falta de novidades surpreendentes nos novos iPhones, existe uma lógica diferente da Apple em relação aos concorrentes. Sant’Anna, cofundador da Allugator, explica: “O iPhone compete contra ele mesmo. Diferentemente do Android, que em todo lançamento tenta acrescentar o máximo de funcionalidades possíveis para competir no mercado, o lançamento do iPhone é marcado pela implementação de coisas que já existiam, porém do jeito Apple.”

“A cada lançamento eles criam produtos mais desejados, são especialistas nisso. É difícil ver isso em outras marcas. Hoje a Apple não é só uma empresa de tecnologia, ela revoluciona os mercados onde entra, desde a música até a saúde. “, complementa o CEO da Interbrand Brasil.

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O desafio que a Apple enfrentará no próximo dia 12 é grande, já que precisa reverter o cenário de desaquecimento de vendas. A empresa teve uma receita de US$ 94,8 bilhões no segundo trimestre deste ano, queda de 3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

“Continuamos fazendo investimentos de longo prazo e liderando de acordo com nossos valores, inclusive conquistando grandes avanços na neutralização das emissões de carbono até 2030 ao fabricar produtos e estabelecer cadeias de fornecimento”, declarou Tim Cook, CEO da Apple.