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De acordo com o Atlas dos Pequenos Negócios, lançado no final de 2022 pelo Sebrae, Microempreendedores Individuais (MEI), Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) geram anualmente R$ 420 bilhões para o Brasil. E, em um mundo cada vez mais digital e conectado, o empreendedorismo na área de tecnologia desempenha um papel fundamental para esses números.
Veja dicas para empreender no mercado tech:
Sérgio viveu em situação de rua e hoje comanda uma empresa de mobilidade urbana
Sérgio Brito de Oliveira Gomes cresceu em uma família de oito irmãos no interior de São Paulo. Para ajudar os pais, ele viajou para Minas Gerais em busca de uma oportunidade de emprego durante a época de colheita em uma lavoura de café. O que Sérgio não esperava era que, ao terminar este período, o emprego também acabasse. Depois de perder o trabalho, a casa, os móveis, e todos os bens que havia guardado, ele ficou por quase dois anos em situação de rua. “Meu pai percebeu que eu tinha sumido e começou a me procurar, mas só depois de dois anos ele me encontrou”, conta o empreendedor.
Quando perdeu o emprego mais uma vez, ele decidiu trabalhar como motorista de aplicativo, e foi observando as deficiências das empresas do setor que teve a ideia de montar seu próprio negócio de mobilidade urbana, a Te Levo Mobile. “A minha empresa oferece aos motoristas benefícios exclusivos, como descontos em serviços de saúde e suporte em situações de emergência”, diz Sérgio. Em 2023, a meta da empresa é continuar expandindo para cidades do interior do Brasil.
“Vai ter mulher, LGBT e nordestina na tecnologia, sim!”, disse Ticiana após vencer competição de startups
Esse foi o discurso de vitória da Ticiana Amorim durante o Get in The Ring, competição de pitching para startups que aconteceu na Holanda em 2022. Co-fundadora e CEO da Aarin, startup especializada em tecnologias para pagamentos, adquirida pelo Bradesco também em 2022, Ticiana diz que nasceu empreendedora. “Aos 7 anos eu já vendia figurinhas repetidas do meu álbum para ganhar dinheiro”. Aos 22 anos, a baiana captou, sozinha, R$ 420 mil para um projeto de cultura e dança em Salvador (BA).
Após muitos desafios e experiências gerenciando startups, ela conseguiu estruturar seu próprio negócio, a Aarin, que mesmo após a aquisição pelo banco continua sob a gerência de Ticiana. “O empreendedor precisa ser sonhador e resistir muito, mas as conquistas fazem o esforço valer”.
Filho de costureira e mãe solo, Fábio aprendeu a programar sozinho e hoje administra uma multinacional
Em 2008, depois de trabalhar com informática para o exército, ser desenvolvedor autônomo e prestar serviços para empresas como Microsoft, Submarino e Walmart, Fábio decidiu criar seu próprio negócio na área de e-commerce, que estava dando seus primeiros passos no Brasil.
Hoje, a FCamara está presente em Portugal, Reino Unido, Holanda e Dubai, alcançou um crescimento de 250% nos últimos três anos e já ajudou na formação profissional técnica de 500 jovens por meio de um programa de formação próprio. “Eu tenho orgulho de dizer que esses estudantes não precisam de experiência nem educação prévia para entrar no programa. Assim eu posso impulsionar jovens que, como eu, não tiveram tantas oportunidades, mas desejam trabalhar com tecnologia”.
Após o luto, Luciane ressignificou a vida ajudando seus passageiros
Há cinco anos, Luciane dos Santos começou sua trajetória empreendedora após perder seu filho em um acidente de trânsito. A psicóloga passou a dar caronas para filhos de amigos e conhecidos para assegurar que os jovens chegassem bem depois de festas e baladas. “Queria ajudar outras mães. Não queria que ninguém passasse pela mesma situação que eu”.
Rafael ganhou o primeiro computador aos 13 anos, desde então é apaixonado pela tecnologia
“Como em muitas famílias brasileiras, na minha casa nunca faltou nada mas também nunca sobrou. Minha única opção era estudar para passar em uma Universidade Federal”. É assim que Rafael Souza, CEO da Ubots, startup especializada em atendimento digital com uso de inteligência artificial, começa a contar sua história.
Formado em Engenharia da Computação, o empreendedor trabalhou em diversas multinacionais de tecnologia. “Modéstia parte, eu sou um bom desenvolvedor, e isso me abriu muitas portas, como passar 6 meses no Vale do Silício para atender um dos clientes da empresa onde eu estava. Esse desenvolvimento profissional contribuiu muito para a Ubots”, conta o empreendedor.
Fundada em 2016, a empresa já recebeu premiações do Sebrae, Associação Brasileira de Comércio Eletrônico e entrou no Raking de Empreendedorismo Negro da 100 Open Startups.