A receita do segmento chocolates foi de R$ 11 bilhões, aumento de 2,4% ante 2019. “Esses resultados, em um ano tão atípico como 2020, são muito positivos e reforçam a consolidação da indústria chocolateira”, diz Ubiracy Fonseca, presidente da Abicab. “Os indicadores da pesquisa Kantar revelam que a indústria brasileira de chocolates tem um potencial significativo para crescer no mercado interno e externo.”
No ano passado, a indústria produziu 757 mil toneladas de chocolates que foram vendidas no mercado interno e exportadas, registrando um leve aumento de 0,05%, de acordo com dados da KPMG. Esse volume representa os preparados de cacau, mais os ingredientes como manteiga de cacau, leite, açúcar, lecitina de soja, óleos vegetais e outros. No Brasil, um produto só pode ser considerado chocolate caso sua fórmula contenha 25 % de sólidos totais de cacau.
No campo, os produtores têm feito um esforço gigante para aumentar a oferta de amêndoas de cacau. O Brasil, que já foi o maior produtor global dessa fruta, hoje está em sétimo lugar. De acordo com o IBGE, a atual produção é de 250 mil toneladas por ano, liderada por Pará e Bahia. Mas o volume é insuficiente para a indústria do chocolate.
No ano passado, o Brasil importou 105,5 mil toneladas de cacau e derivados por US$ 320 milhões. Do total, US$ 118,5 milhões representaram 46,5 mil toneladas de amêndoas de cacau. A maior parte dessa matéria-prima veio da Costa do Marfim, na África, que junto com Gana respondem por cerca de 70% do abastecimento global de amêndoas da fruta. No ano passado, o Brasil comprou 23 mil toneladas de amêndoas por US$ 60,5 milhões da Costa do Marfim.
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