Com base em dados levantados pela consultoria Blink, a CropLife acredita que a participação da oleaginosa nas vendas de produtos biológicos deve passar de 44% para 46% no comparativo anual.
LEIA MAIS: Minerva conclui captação de R$ 1,6 bilhão com debêntures
“Além do maior nível de capitalização dos produtores de soja, há também grande incidência de pragas e doenças, e muitos lançamentos de produtos voltados para esta cultura (nos últimos anos), que é vista pela indústria como porta de entrada”, afirmou Lars Schobinger, sócio-diretor da consultoria Blink, durante evento transmitido pela internet.
Ele destacou que estes defensivos são muito utilizados nas lavouras da oleaginosa para controle de nematóides e lagartas.
Os negócios com cana-de-açúcar também têm projeções promissoras, segmento onde o mercado de biológicos tende a crescer de R$ 264 milhões em 2020 para R$ 353 milhões, conforme o levantamento.
Segundo ela, esses ativos, em sua maioria, são de baixa toxicidade quando comparados aos agroquímicos tradicionais e agem com o objetivo de eliminar a praga alvo sem agredir o meio ambiente.
O uso deste tipo de defensivo permite a manutenção de insetos benéficos na lavoura (inimigos naturais de pragas) e diminuem a dependência de aplicações constantes de outros produtos.
“Neste sentido, o biológico já não entra mais como alternativa, é quase um componente obrigatório entre os agricultores 4.0 (mais tecnificados)”, disse Amália.
Considerando o clima tropical e a alta incidência de pragas e doenças, o uso de biológicos precisa ser feito, em geral, junto com outros químicos.
Para a diretora da CropLife, o grande potencial de expansão desses defensivos está na área de grãos. Além disso, a adesão pode ser maior entre os grandes agricultores porque são produtos que demandam mais acompanhamento técnico e manejo, embora o setor também esteja em ascensão entre pequenos e médios produtores.
Em uma expectativa de longo prazo, a análise da Blink indica que o mercado de biológicos pode crescer mais 107% até 2030, para R$ 3,69 bilhões. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.