“Circularam muitas fotos e depoimentos pela internet, mas ainda não se tem um relatório confiável da extensão dos danos. É preciso aguardar o levantamento dos agrônomos para termos a extensão dos estragos nos cafezais pela massa de ar polar”, disse Carvalhaes, em boletim divulgado por email hoje (5).
Nos canaviais, as perdas ainda estão sendo avaliadas, mas consultorias privadas já divulgaram números preliminares sobre problemas para o milho segunda safra, que já havia sido fortemente castigado pela seca.
As regiões de café no Brasil foram atingidas com mais força nas madrugadas da última terça, quarta e quinta-feira (1).
“A massa de ar polar trouxe temperaturas baixas e geadas pontuais, que queimaram folhas e ponteiros, em diversas áreas produtoras de café do Paraná, São Paulo e sul de Minas Gerais”, disse Carvalhaes.
“Com certeza houve perdas para a safra 2022 nas propriedades atingidas. A passagem da massa de ar polar é mais um desgaste para os cafezais brasileiros, já debilitados pela seca do segundo semestre do ano passado e do primeiro semestre deste ano.”
Apesar da massa de ar polar, os contratos de café negociados na ICE Futures US, nos EUA, apresentaram uma semana de queda.
“Com Nova York trabalhando em queda no decorrer da semana, em plena passagem de uma forte frente fria sobre os cafezais do Paraná, São Paulo e sul de Minas, o mercado físico brasileiro permaneceu sem vendedores. Continuou o interesse comprador, mas o valor das ofertas recuou, afugentando os cafeicultores”, observou o relatório, destacando que o recuo na bolsa ICE reflete interesses de curto prazo de operadores e especuladores.
Os estoques brasileiros e mundiais de café são baixos, e apesar da pandemia de Covid-19, o consumo global cresceu 1,9% no ano safra 2020/2021, disse Carvalhaes. (Com Reuters)
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