“Estamos satisfeitos porque, em pouco mais de um ano, já estamos em nosso quarto fechamento e executamos nove investimentos”, diz Francisco Jardim, sócio-fundador da SP Ventures. “O pipeline também está muito bom, com empreendedores extraordinários que estão transformando seus respectivos mercados. Além disso, conseguimos uma diversificação de investidores muito interessante. Isso só eleva a qualidade do fundo e consequentemente a nossa proposta de valor para as empresas investidas.”
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A SP Ventures anunciou em agosto do ano passado seu primeiro fechamento de um fundo no valor de R$ 90 milhões. Essa primeira captação reuniu investidores como os fundos globais de venture capital de algumas das principais multinacionais do agro, como Basf e Syngenta Ventures, além de atrair investidores financeiros, como o FoF Capria, que possui investidores âncoras como Bill Gates, Paul Allen e a Ford Foundation, e a BID Labs, braço de venture capital e inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
O segundo fechamento foi de cerca de R$ 30 milhões e contou com investimentos da Mosaic, Adisseo e grandes produtores de grãos. O objetivo principal era investir em startups com potencial de reinventar a cadeia de agricultura e alimentos em toda a América Latina. Com investimento da IFC (Corporação Financeira Internacional), membro do Grupo Banco Mundial, que é considerada a maior instituição de desenvolvimento global voltada para o setor privado nos países em desenvolvimento, o terceiro fechamento foi no valor de R$ 30 milhões.
Cleiton Vargas, vice-presidente de Farming Solutions da Yara Américas, diz que globalmente a empresa tem investido na descarbonização da cadeia de alimentos e na construção de sistemas alimentares justos e resilientes. “É uma transformação que envolve diversos fatores, como ferramentas digitais inovadoras, novos fluxos de receita para o campo, parcerias, plataformas de dados abertas e a criação de valor verdadeiramente compartilhado”, afirma. “O ecossistema de startups do Brasil e da América Latina tem se mostrado uma grande força nesse sentido.”
Para Ullisses Assis, presidente da BB Seguridade, “existe um potencial tecnológico em agtechs, que pode ter um impacto positivo muito forte no agronegócio”. Assis cita o recente estudo do Fórum Econômico Mundial onde destaca que “precisaremos alimentar aproximadamente 10 bilhões de pessoas em 2050, e o Brasil tem um papel determinante para tornar essa, uma realidade possível. Temos a seguradora que mais investe no agronegócio brasileiro e essa iniciativa reforça o nosso compromisso de buscar e apoiar o desenvolvimento de soluções capazes de atender às necessidades atuais e futuras dos produtores rurais e da sociedade”.
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