No comparativo anual, trata-se de um incremento de pouco mais de 30% nas exportações da proteína, informou o governo, confirmando um movimento que já se mostrava positivo ao longo das últimas semanas. O recorde mensal anterior foi registrado em agosto, quando foram exportadas 181,6 mil toneladas da carne in natura.
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“O que a gente conseguiu apurar em relação à carne, o que havia sido certificado até o dia da notificação (da China) continuou o processo de exportação. Não houve interrupção, o que estava contratado, já estava no porto, continuou o fluxo”, disse o coordenador-geral de Estatísticas do Ministério da Economia, Saulo Castro.
O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, também comentou que um dos fatores que pode explicar a disparada nas exportações de carne é a existência de estoques no porto, que foram enviados em setembro, e um pequeno atraso de até oito dias na contabilização dos dados de embarque.
“Usamos o momento em que o transportador declara que embarcou a mercadoria… isso pode acontecer até oito dias em relação ao que foi realmente. Ele (exportador) tem oito dias pra declarar que a mercadoria foi colocada dentro do navio”, disse ele. Procuradas, as associações representantes da indústria, Abiec e Abrafrigo, não comentaram o assunto.
O detalhamento sobre os compradores do produto enviado em setembro só será disponibilizado pela Secex nos próximos dias, no entanto, o consultor em gerenciamento de risco na pecuária da StoneX, Caio Toledo, disse que atualmente não há outro grande player que possa substituir a China com aquisições de volumes tão expressivos.
“O que vemos no mercado é que a China, nos dois últimos meses, estava em um ritmo de compras extremamente forte… porque está passando por um processo de aumento de estoques pensando no fim de ano chinês”, disse ele, citando a influência do câmbio na competitividade do produto brasileiro, apesar de preços elevados.
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OUTRAS COMMODITIES
A exportação de soja do Brasil em setembro atingiu 4,83 milhões de toneladas, ante 4,26 milhões no mesmo período do ano passado, de acordo com os dados da Secex divulgados nesta sexta-feira, diante de firme demanda internacional.
Os embarques ocorreram em momento que o principal concorrente no fornecimento, os Estados Unidos, passou por problemas em terminais de tradings causados pelo furacão Ida.
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